Foto : Cristiano Yung
Mesmo com avanços na legislação, a desigualdade salarial entre homens e mulheres segue evidente no Brasil. Um levantamento dos ministérios das Mulheres e do Trabalho revela que as brasileiras ganham, em média, 19,4% a menos que os homens. Nos cargos de liderança, a diferença é ainda maior: 25,2%.
A Lei nº 14.611, sancionada em 2023, determina a igualdade de remuneração para funções equivalentes e obriga empresas com mais de cem funcionários a divulgarem relatórios de transparência salarial. Mas a diferença persiste, reforçando que o problema vai além do cumprimento formal da lei.
O advogado Gabriel Portella destaca que a legislação prevê sanções para empresas que não cumprirem as regras, incluindo multas e processos por danos morais. No entanto, ele ressalta que as mudanças reais dependem de transformações culturais no mercado de trabalho. “É preciso incentivar a diversidade e garantir que mais mulheres ocupem cargos de liderança”, afirma.
A fiscalização fica a cargo da Auditoria Fiscal do Trabalho, responsável por analisar os relatórios e aplicar as punições necessárias.
Além de atuar na área jurídica, Portella conduz o podcast Histórias que Transformam, onde entrevista mulheres que superaram desafios e reconstruíram suas trajetórias. O programa está disponível no YouTube: acesse aqui.