Foto: Paulo Desana
O Dia Mundial do Parkinson, lembrado em 11 de abril, chama atenção para uma condição neurológica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 8,5 milhões de pessoas vivem com a doença, que é degenerativa, progressiva e ainda sem cura.
No entanto, o diagnóstico precoce, o acompanhamento médico e o acesso a terapias especializadas podem ajudar a controlar os sintomas e garantir mais qualidade de vida aos pacientes. No Distrito Federal, a rede pública de saúde oferece suporte gratuito à população, desde a atenção primária até o tratamento em centro especializado.
Entendendo a doença:
O Parkinson é provocado pela perda de neurônios responsáveis pela produção de dopamina, substância que atua diretamente na coordenação dos movimentos. Os sintomas mais conhecidos são os tremores nas mãos, a lentidão dos movimentos e a rigidez muscular. Mas a condição também pode provocar alterações na fala, no sono, no humor e até na função intestinal.
De acordo com o neurologista Marcelo Lobo, do Hospital de Base do DF, sintomas menos óbvios podem surgir antes mesmo dos tremores: perda do olfato, constipação, distúrbios do sono e depressão são sinais que merecem atenção. “Muitas vezes, esses sintomas antecedem os motores em anos, até décadas”, destaca o especialista.
Atividade física como aliada:
Embora não exista uma forma definitiva de prevenção, estudos mostram que a prática regular de atividade física está associada a uma progressão mais lenta da doença. “Quem se exercita costuma apresentar sintomas mais leves e evoluir melhor com o tempo”, explica o neurologista.
Atendimento no DF:
No Distrito Federal, o tratamento começa nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde o paciente passa por avaliação inicial. Se necessário, ele é encaminhado para hospitais regionais ou ambulatórios de reabilitação. Casos mais complexos são direcionados ao Centro de Referência em Doença de Parkinson, que funciona no Hospital de Base.
A aposentada Divanice Araújo, de 72 anos, é uma das pacientes atendidas no centro especializado. Mesmo com os desafios da doença, ela não abre mão de manter sua rotina ativa. “Ainda cozinho, varro a casa… mas aceitar a doença é muito difícil”, relata.
Um alerta necessário:
O Parkinson costuma atingir pessoas com mais de 60 anos, mas a incidência em pessoas mais jovens tem aumentado. Por isso, o Dia Mundial do Parkinson também é um chamado à atenção para os primeiros sinais e para a importância da informação e do cuidado contínuo.
Acesse os canais da Secretaria de Saúde para saber mais sobre o atendimento ou procure a UBS mais próxima para iniciar o acompanhamento.