Foto: Paulo Desana
Neste fim de semana, dias 12 e 13 de abril, o “Museu do Pontal“, na Barra da Tijuca (RJ), se transforma em espaço de encontro entre a arte, a cultura e os saberes ancestrais da floresta. Com entrada gratuita, o “Festival Amazônico” reúne uma programação intensa que valoriza a diversidade amazônica e o protagonismo dos povos indígenas por meio de exposições, rodas de conversa, oficinas, feira de artesanato tradicional, contação de histórias, atrações musicais e experiências gastronômicas.
O evento marca o início da celebração do Mês dos Povos Indígenas e conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A iniciativa busca aproximar o público carioca da pluralidade amazônica, com um olhar que une tradição e atualidade.
Exposição “Cobra canoa”: a floresta em movimento!
Um dos destaques do festival é a mostra “Cobra Canoa”, que apresenta obras de dois artistas indígenas contemporâneos: Larissa Ye’pa, do povo Ye’pa Mahsã (Tukano), e Paulo Desana, do povo Desana. Por meio de fotografias, vídeos e arte visual, os artistas reconstroem narrativas de origem e memória, conectando espiritualidade, território e identidade.
Larissa trabalha com cerâmica tradicional e saberes femininos de sua etnia, criando uma linguagem visual potente que une o ancestral ao presente. Já Paulo Desana, que vive em São Gabriel da Cachoeira, estreia no Rio com uma série inédita de retratos em grandes formatos que retratam a diversidade dos povos indígenas da região do Alto Rio Negro.
“Imagens da intuição”: a Amazônia popular nas cores de Jair Gabriel!
Também em cartaz, a exposição “Imagens da Intuição” traz 35 obras do artista Jair Gabriel, nascido no seringal de Porto Velho (RO). Em sua pintura pontilhista, o artista traduz lembranças da floresta e de uma infância amazônica marcada pelos sons, cores e texturas da natureza. Hoje reconhecido como uma das vozes mais singulares da arte popular brasileira, Jair começou a pintar já adulto, incentivado por artistas da rede Etsendron.
Além das telas, o público poderá assistir a um vídeo sobre seu processo criativo, que reforça a importância da memória como fonte de criação e resistência.
Encontro de saberes: rodas de conversa, oficinas e música!
O Festival Amazônico também promove uma série de rodas de conversa com lideranças indígenas e representantes de movimentos ambientais, como o Observatório do Clima, que vão abordar temas como ancestralidade, meio ambiente e os desafios contemporâneos enfrentados pelos povos da floresta.
A programação inclui ainda oficinas de grafismo indígena e contação de histórias, além de uma feira de artesanato tradicional com representantes do interior do Amazonas e apresentações musicais, entre elas, o show da cantora Fafá de Belém, que encerra o evento.
Serviço:
Museu do Pontal;
Av. Celia Ribeiro da Silva Mendes, 3300 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ); 12 e 13 de abril de 2025;
A partir das 16h;
Entrada gratuita;
Transporte gratuito com vans saindo do Metrô Jardim Oceânico e Terminal Alvorada.