Foto: Sandro Araújo
No dia 28 de novembro, mais de 50 adolescentes da rede pública de ensino do Distrito Federal participaram de uma oficina de comunicação em saúde, com foco no HIV e Aids, no Espaço Cultural Renato Russo. A ação foi uma importante atividade para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro.
Organizado pela Secretaria de Saúde (SES-DF), Secretaria de Educação (SEEDF), Ministério da Saúde e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), o evento promoveu um espaço de aprendizado e expressão para os jovens. Divididos em grupos, os estudantes dos Centros Educacionais (CED) 203 do Recanto das Emas e CEM 404 de Samambaia produziram conteúdos criativos sobre o HIV, como postagens para redes sociais e peças teatrais, com o objetivo de informar e sensibilizar a população jovem sobre prevenção e cuidados com a saúde.
A oficina teve como cenário o Espaço Cultural Renato Russo, local que leva o nome do cantor que faleceu em 1996 devido a complicações do HIV. Beatriz Maciel Luz, gerente do espaço, explicou a importância do encontro para os adolescentes: “Muitos jovens não conhecem a história de quem viveu com a doença e como o contexto da prevenção e tratamento mudou ao longo dos anos.”
A atividade abordou diferentes aspectos da prevenção, como o uso de preservativos e a importância do diagnóstico precoce, destacando os serviços gratuitos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Jéssica Cristina, aluna do CEM 404 de Samambaia, compartilhou o que aprendeu: “Foi ótimo entender que existem várias formas de buscar ajuda, e que as unidades de saúde estão preparadas para nos atender.”
O evento também contou com a participação de jornalistas, como Kamila Rodrigues, que foi instrutora na oficina. Ela falou sobre a importância de comunicar de maneira leve e acessível temas sérios como o HIV: “Usar formas criativas e lúdicas de comunicação tem grande impacto, especialmente quando se trata de temas complexos como a saúde.”
Dados e serviços de prevenção
Segundo dados do Informativo Epidemiológico de 2019 a 2023, a faixa etária entre 20 e 39 anos concentra mais de 70% dos casos de HIV no DF. A prevenção combinada, que engloba diferentes métodos como o uso de preservativos e a terapia antirretroviral, é a principal estratégia de combate ao HIV.
O Distrito Federal oferece testes rápidos para HIV nas 176 Unidades Básicas de Saúde (UBS), e recentemente, os autotestes também estão disponíveis, permitindo que a pessoa realize o teste de maneira privada e no momento que preferir.
A oficina de comunicação em saúde foi uma oportunidade valiosa para engajar os jovens e reforçar a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento, além de estimular o aprendizado e a expressão criativa como ferramentas para enfrentar a luta contra o HIV e Aids.