Foto: Fernando Frazão
No universo das “startups”, as “deep techs” ganham cada vez mais relevância ao aliar ciência avançada e tecnologia de ponta. Essas empresas, criadas por cientistas e especialistas, enfrentam desafios complexos para transformar descobertas acadêmicas em soluções práticas para a sociedade.
Durante a Conferência Anprotec 2024, realizada no Parque de Inovação Tecnológica (PIT), em São José dos Campos (SP), o Sebrae lançou o segundo ciclo do edital Catalisa ICT. O programa oferece suporte a essas “startups” por dois anos, ajudando-as a validar tecnologias, captar investidores e estruturar seus negócios.
Empreendedores que transformam ciência em soluções
Casos inspiradores foram apresentados no evento, como a Lookinside, que criou um aplicativo com inteligência artificial para prevenir amputações em pacientes diabéticos, e a Biolinker, especializada na produção de proteínas essenciais para a biotecnologia. Já a BioUS transforma resíduos agropecuários em biopolímeros, enquanto a Quasar Space usa satélites para monitoramento ambiental.
Essas empresas enfrentam jornadas longas e desafiadoras, como explica Paulo Renato Cabral, gerente de inovação do Sebrae:
“Criar uma deep tech é um processo caro e solitário, que exige capital, equipe especializada e tempo. Inovações como essas podem levar anos até chegarem ao mercado.”
Apoio estratégico para o futuro
Com iniciativas como o Catalisa ICT, o Brasil fortalece a integração entre ciência e empreendedorismo, posicionando-se no competitivo mercado global de “deep techs”. O esforço não apenas impulsiona a economia, mas também gera impacto social e sustentável, conectando pesquisa acadêmica às demandas do mundo real.
O evento reforça a importância de investir em inovação e de apoiar empreendedores visionários que transformam conhecimento em soluções tecnológicas capazes de mudar vidas.