Foto: Jhonatan Cantarelle
Pensando em facilitar o acesso à saúde para migrantes, refugiados e apátridas, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) lançou um Guia de Acolhimento com informações essenciais sobre os serviços de saúde disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O lançamento aconteceu na II Conferência Nacional de Migração (Comigrar), realizada na Universidade de Brasília (UnB), e destaca o compromisso do DF com a inclusão.
O guia, acessível em francês, inglês, crioulo haitiano, espanhol e português, orienta migrantes sobre como se cadastrar no SUS, obter o Cartão Nacional de Saúde (CNS), locais de vacinação, e outros serviços essenciais de promoção da saúde. Cartazes com QR Codes foram distribuídos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para facilitar o download do documento nos diversos idiomas, promovendo o entendimento e acesso aos direitos de saúde de todos.
Acolhimento e sensibilização dos profissionais
A iniciativa não se limita ao guia: a Secretaria de Saúde busca preparar seus profissionais para atender de forma humanizada e consciente sobre as realidades culturais de cada migrante. “O Brasil recebe bem os migrantes, mas diferenças culturais e linguísticas podem dificultar o atendimento. Nosso papel é ajudar a superar essas barreiras,” explica Ana Cristina Sampaio, da Gerência de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável.
Experiências que inspiram
O guia e os serviços de saúde têm feito a diferença na vida de pessoas como Yajaira Del Carmen, venezuelana que vive há cinco anos no Brasil e elogia a facilidade de acesso ao SUS, e Odete Nduwayezu, massoterapeuta do Burundi que relata o acolhimento que recebeu durante a pandemia. Essas histórias ilustram o impacto positivo dessa política de inclusão.
Com cerca de 25 mil migrantes de 149 nacionalidades vivendo no DF, o guia fortalece a política de acolhimento do Brasil, reafirmando o direito de cada pessoa a ser bem atendida, independente de sua origem.