Foto: Nunah Alle
Na manhã de 30 de outubro de 2024, a escadaria da Rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros, foi o cenário de uma emocionante homenagem à vereadora Marielle Franco e ao seu motorista, Anderson Gomes, brutalmente assassinados em 2018. O ato, que atraiu a presença de integrantes de diversos movimentos sociais, celebra a memória de Marielle e busca justiça em um caso que permanece na pauta da luta por direitos.
A manifestação ocorre em meio ao julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, os principais acusados pelo crime, que acontece no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. As famílias de Marielle e Anderson aguardam há mais de seis anos por respostas e justiça, e o ato foi uma forma de reforçar essa demanda.
Com faixas e gritos de ordem, os manifestantes clamaram por justiça, entoando frases como “Marielle vive, Marielle viverá” e questionando: “Quantas mais têm que morrer pra essa guerra acabar?”. Girassóis, flores associadas à luta de Marielle, foram trazidos como símbolo de resistência.
Mara Lúcia, uma das líderes da Marcha das Mulheres Negras em São Paulo, enfatizou a importância de honrar a memória da vereadora. “Estamos aqui por Marielle e pelo legado que ela deixou. A luta por justiça não acaba”, disse. Ela também mencionou o impacto da nomeação de Anielle Franco, irmã de Marielle, como ministra da Igualdade Racial, um avanço que fortalece os movimentos sociais na busca por justiça.
Ana Luiza Trancoso, do coletivo Juntas!, ressaltou que, apesar do julgamento dos executores ser um avanço, a luta deve continuar até que todos os responsáveis, incluindo os mandantes, sejam responsabilizados. “Não podemos parar de mobilizar. A luta por justiça é contínua”, afirmou.
Este ato não só reafirma a memória de Marielle Franco, mas também destaca a importância da luta por direitos e justiça social, lembrando a todos que sua voz e legado seguem vivos na luta por um Brasil mais igualitário.