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Isabel Allende: a escritora que transforma silêncio em memória

24/09/2025
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Por Redação CidadeCult

Aos 83 anos, Isabel Allende segue escrevendo como quem respira. Autora de 31 livros traduzidos em 42 idiomas, ela já atravessou fronteiras geográficas, políticas e emocionais para dar vida a histórias que iluminam quem a história oficial tentou apagar.

Nascida no Peru, filha de diplomatas chilenos, viveu em Santiago até 1973, quando precisou fugir do Chile após o golpe militar. Na Venezuela, onde viveu 13 anos, começou o romance que mudaria sua trajetória: A casa dos espíritos. Mais que um sucesso literário, o livro se tornou símbolo de uma escrita que une memória familiar, realismo mágico e crítica política.

Hoje, vivendo na Califórnia, Allende mantém um ritual criativo curioso: inicia todos os seus livros em 8 de janeiro. Dessa disciplina nasceram obras como Uma longa pétala do mar, que revive a fuga de refugiados espanhóis no navio SS Winnipeg, e seu lançamento mais recente, Meu nome é Emilia del Valle, sobre uma jovem jornalista em meio à guerra civil chilena no século XIX.

Isabel Allende posa para um retrato em 1º de abril de 2025. Devin Yalkin — AGOSTO

Apesar dos prêmios — como a Medalha Presidencial da Liberdade, entregue nos EUA —, Allende insiste que seu compromisso é com aqueles que raramente ganham espaço nos livros de História. “Gosto de dar voz aos silenciados: as mulheres, os derrotados, as pessoas de cor”, diz.

Entre “dor e amor”, temas que ela considera centrais em sua obra, Isabel constrói narrativas que equilibram luz e sombra, como pinturas que revelam tanto as perdas quanto a força da esperança. Sua escrita, celebrada por novas gerações de autoras latinas, é mais do que literatura: é um ato de resistência.


📚 No Brasil: Conceição Evaristo, a literatura que nasce da memória coletiva

Assim como Isabel Allende, a escritora brasileira Conceição Evaristo dedica sua obra a dar visibilidade às vozes que a história oficial insiste em calar.

Conceição Evaristo, escritora | por Heloisa Eterna | foto Isabela Kassow | Portal acriatura.com.br

Mineira, filha de uma família humilde, Conceição transformou sua vivência e a de tantas mulheres negras brasileiras em literatura. Sua escrita, que ela chama de “escrevivência”, é feita de memória, ancestralidade e luta. Livros como Ponciá Vicêncio e Olhos d’água são retratos de um Brasil onde dor e afeto caminham lado a lado.

Premiada e reconhecida internacionalmente, Evaristo também se tornou símbolo de representatividade. Seus textos são estudados em universidades do mundo todo, e sua militância intelectual continua a abrir portas para escritoras negras emergentes.

Assim como Allende, Conceição entende a literatura como ato político e poético. Se Isabel escreve sobre as feridas deixadas por ditaduras e exílios, Conceição registra a memória coletiva de um povo marcado pela escravidão e pela desigualdade. Ambas, no entanto, compartilham a mesma missão: transformar silêncio em voz.

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