Iniciativa pretende incentivar a cultura popular em locais de vulnerabilidade social como a região do Paranoá. Contará com concursos e programação final terá shows e premiações para artistas locais no dia 22 de abril. Gratuito. (imagem Thaís Mallon)
Shows, concursos virtuais com prêmios para 11 categorias dentro do Hip Hop, oficinas e, ainda, concursos e disputa presencial para rappers vão ocupar a região do Paranoá e arredores. Idealizado pelos produtores e artistas Tiago Santos TG e Jefferson Leão, o Festival Valor Periférico surge para dar visibilidade a artistas do Hip Hop do Paranoá, Itapoã e demais regiões do Distrito Federal e entorno que precisam de locais e oportunidades para mostrarem o seu talento. Além de promover a valorização da Arte Urbana pulsante no quadradinho.
O Festival, que contará com várias vertentes dentro da esfera da Cultura Urbana, acontecerá de 17 a 22 de abril de 2023. Mas, quem quiser participar dos workshops gratuitos dentro das áreas de Audiovisual e Hip Hop, as inscrições para as oficinas prorrogaram e vão até o dia 14 de abril. Inscrições pelo site: www.valorperiferico.com. O evento final, no dia 22 de abril, irá premiar artistas locais e contará com show de Eduardo Taddeo na Praça Central do Paranoá. No site constam regulamentos e faixas etárias de cada modalidade. Gratuito. Livre para todos os públicos.
Oficinas – As oficinas contemplarão as áreas de Grafite com o professor Sandu, DJ com o Dj Tony, Break com o BBOY E2 e Audiovisual com Januário Jr e acontecerão entre os dias 17 e 21 de Abril no CEDEP – Centro de Desenvolvimento do Paranoá (Quadra 9 – Conj. D – Área Especial 1 do Paranoá). Carga horária de 12h para cada Workshop. Os estudantes receberão certificados de participação que servirá como currículo. O Valor Periférico é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal – FAC-DF.
Shows e concursos – Além das oficinas, a programação do festival contará ainda com concurso de Rap que selecionou, em março de 2023, 11 grupos/solo da modalidade.
Conheça os selecionados: Aggin – música Movimento; Aliados do Entorno, música Meu Inimigo; Cleiton Cruz, com Estupro Culposo; Dudumano, com O Mapa; Filipe Costa, com Caras de Mau; Guerrilha Sonora, com Respeita a Sigla; Lidia Dallet, com EiXO; Nascimento Rapper, com Vida Louca ou Vida Longa; Sentinelas, com O Lado Esquecido; Stilo de Rua; com Amor ao Primeiro Beijo e Zapatta PRN; com Paranoá.
Devido a um empate técnico entre dois artistas/grupo, ao invés de 10 foram 11 selecionados para o evento do dia 22 de abril, que acontecerá a partir de 17h na Praça Central do Paranoá.
Também no dia, em competitiva, os premiados (as) ganharão respectivamente, R$ 1500, R$ 1000 e R$ 500 – primeiro, segundo e terceiro lugar.
Virtual – O festival também selecionou artistas da RIDE/DF em concurso virtual, de outras 11 categorias pertencentes ao universo Hip Hop (-Prêmio Break, -Prêmio Grafite, -Prêmio DJ, -Prêmio Videoclipe, -Prêmio LGBTQIA+, -Prêmio Hip Hop Mulher, -Prêmio Poesia em cena, -Prêmio Hip Hop social, -Prêmio Mídia e Comunicação, -Prêmio Produtor Musical, -Prêmio Mixtape, Demo ou Single) com seleção realizada por chamamento publicado na página do festival www.valorperiferico.com. Os artistas estão disponíveis para votação popular na página do festival. O/A vencedor/a em cada categoria receberá prêmio em dinheiro e troféu e serão conhecidos/as no encerramento do festival, dia 22 de abril, na Praça Central do Paranoá. Selecionados em: https://valorperiferico.com/
De acordo com Tiago Santos TG, um dos idealizadores do Festival “com as atividades formativas pretende-se contribuir com a capacitação de pessoas interessadas no Hip Hop, promovendo a valorização e o reconhecimento do segmento na região do Paranoá e Itapoã”.
Para ele, a região do Paranoá/DF normalmente é excluída do circuito de apresentações culturais, além de não dispor de nenhum espaço cultural onde possa acontecer grandes espetáculos de música, teatro, dança, etc. “O festival é todo gratuito. A ideia é estimular a cadeia produtiva e incentivar a formação de mercado cultural na região, ajudando na capacitação de pessoas interessadas no segmento”, acrescenta o também idealizador Jefferson Leão.
Show final – Conhecido artisticamente como Eduardo, Calos Eduardo Taddeo é cantor, compositor, ativista, advogado, palestrante e escritor brasileiro. Ficou famoso também por ser um dos fundadores e líderes do grupo Facção Central, no qual foi vocalista até 2013. Depois, Eduardo lançou discos solos como A Fantástica Fábrica de Cadáver (2014) e O Necrotério dos Vivos (2020).
Conheça equipe técnica de jurados do projeto:
Magú Diga How – Magú é escritor e cantor de rap desde 1999, co-fundador e integrante do grupo Diga How, desde 2003. Conheceu a cultura Hip Hop ainda adolescente, aos 12 anos de idade. Hoje, aos 42, acumula em seu histórico inúmeras apresentações musicais em diversos estados do País, palestras em escolas e cadeias, oficinas de rap e a vivência nas ruas que traz inspiração para continuar respirando a música rap.
X Cambio Negro – é o vocalista do grupo Câmbio Negro, que surgiu em 1990 em Ceilândia. X foi o principal vocalista do grupo de 1990 a 2000, quando o grupo se desfez. Em seguida, X iniciou uma carreira solo e lançou cinco discos, incluindo três com o Câmbio Negro e dois em carreira solo. O Câmbio Negro lançou seu primeiro álbum “Sub-Raça” em 1993 pela gravadora independente Discovery.
Em 2015, os integrantes do grupo decidem por fazer uma reunião para gravação de um CD e DVD ao vivo. Três anos depois em 2018 o vocalista X anuncia o retorno definitivo do grupo. E, no mesmo ano lançaram o single “Ninguém Toma” com videoclipe.
No ano de 2022 lançaram o single Fogo no Canavial, que fala de um Brasil atual e racista. O Câmbio Negro segue em atividade produzindo novos sons e fazendo shows pelo Brasil.
Tati BellaDona -BellaDona é uma rapper, cantora e compositora brasileira natural de Brasília. BellaDona é uma das representantes do rap feminino brasileiro e possui uma linguagem musical autêntica tanto nas letras, quanto nas produções trazendo uma mistura de batidas eletrizantes junto a um campo harmônico cheio de adrenalina e sentimento.
FabGirl – é uma personalidade conhecida na cena de breaking no Brasil. Ela fundou, em 2003, o primeiro grupo de breaking de mulheres no Distrito Federal, o BSBGIRLS, com o objetivo de representar as mulheres dentro da cena. FabGirl começou a dançar breaking aos 18 anos e foi uma das primeiras breakers a enfrentar o machismo na cena do Hip Hop. A artista decidiu iniciar sua jornada no breaking no dia 6 de dezembro de 2003, após um racha entre B-girls no Encontro de B-girls e B-boys do DF. Desde então, ela se tornou uma das principais personalidades do breaking brasileiro e ganhou vários títulos nacionais.
Serviço: Festival Valor Periférico prorroga inscrições para oficinas de Hip Hop e Audiovisual e anuncia evento final com show de Eduardo Taddeo
Inscrições até dia 14 de abril para oficinas pelo site: www.valorperiferico.com.
No site constam regulamentos e faixas etárias de cada modalidade
Gratuito
Mais informações: Instagram: @valorperiferico