No cenário cultural vibrante de nossa comunidade, a valorização dos talentos locais surge como uma necessidade premente, especialmente no que tange ao universo literário. É neste contexto que o Cidade Cult tem o prazer de apresentar uma entrevista exclusiva com Manoel Messias Evaristo Pretto, ilustre Presidente da Academia Gamense de Letras, uma instituição que tem sido farol na promoção e no reconhecimento dos escritores do Distrito Federal.
“A lei prevê que 10% dos livros adquiridos pelo estado sejam de autores locais, o que incentivaria imediatamente a economia literária e beneficiaria a comunidade escolar e os escritores da região”.
Manoel Pretto
Através deste diálogo, exploramos os meandros da criação e da implementação de um programa inovador destinado à valorização desses artistas, bem como os impactos esperados de uma legislação recém-aprovada neste domínio. Acompanhe-nos nesta conversa elucidativa sobre a força da literatura local e os esforços conjuntos para sua promoção e difusão.

- Como surgiu a ideia para a criação deste programa de valorização dos escritores locais?
“Após a fundação da Academia, percebemos uma lacuna entre o público e as diversas vertentes literárias locais. Identificando essa desagregação, decidimos lançar um projeto que unisse todos os interesses, visando também aumentar os índices de leitura no Brasil. Nosso objetivo era levar a discussão sobre a importância da leitura para além do meio acadêmico, alcançando especialmente as periferias. Este projeto busca valorizar as ricas obras literárias da região, promovendo a leitura e respeitando a diversidade cultural local.”
- Qual foi o papel da Academia Gamense de Letras no processo de elaboração e aprovação do projeto de lei?
“A Academia, dividida em diretorias especializadas, contou com a contribuição decisiva da Dra. Eliene Matos Navarro na redação do projeto. Após um esforço coletivo para a elaboração, procuramos o deputado Ricardo Vale, que ajudou significativamente na aprovação da proposta. Acreditamos na importância de valorizar o trabalho voluntário e na solidariedade entre os membros, reconhecendo o papel de cada um no processo.”
- Quais são as expectativas para o impacto dessa lei na comunidade literária do DF?
“Esperamos que a lei mobilize todas as partes interessadas da comunidade literária, especialmente as academias de Letras do DF, para que juntos possamos pressionar pela implementação efetiva do programa. A lei prevê que 10% dos livros adquiridos pelo estado sejam de autores locais, o que incentivaria imediatamente a economia literária e beneficiaria a comunidade escolar e os escritores da região.”
- Pode compartilhar alguma história ou momento que destacou a importância dessa iniciativa durante o processo de elaboração?
“Durante a elaboração do projeto, enfrentamos desafios sobre como financiar a distribuição de livros locais nas bibliotecas. A solução encontrada, que determina a compra de livros de autores do DF pelo estado, exemplifica a criatividade e o comprometimento de nossa equipe em superar obstáculos para promover a literatura local.”
- Como os escritores e escritoras locais podem se beneficiar e participar ativamente deste programa?
“Os escritores locais ganham visibilidade em suas próprias comunidades, além de incentivos para a produção e a qualidade literária, graças à seleção criteriosa das obras. O programa também fomenta a economia local e promove a prática da leitura, através de palestras, cursos e oficinas, reafirmando nosso compromisso com a implementação e sucesso deste projeto.”
Esta entrevista é um testemunho do compromisso da Academia Gamense de Letras com a valorização da literatura local e da leitura como pilar cultural fundamental. Através desta iniciativa, espera-se não apenas promover os talentos literários da região, mas também fomentar uma maior aproximação entre a comunidade e os ricos universos narrativos que ela abriga.
Sensacional!