Fellipe CDC – O Rock feito por amor
Entrevista de André Bonifácio
A julgar pela quantidade de coisas que realiza, o dia dele parece ter o dobro de horas das outras pessoas. Talvez, o fato de ser graduado em Arquivologia dê alguma vantagem e ele consiga ganhar essas horas que nos faltam. Fellipe José Sales, ou “Cara de Cachorro”, como é conhecido no meio do rock independente, é um incansável batalhador dentro do estilo. Com 53 anos, nasceu em Brasília, trabalha no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), é pai da Ana Flávia, marido da Rose, produz shows, faz zines (revistas xerocadas), tem programa de rádio semanal, é vocalista em três bandas, coleciona tudo relacionado ao desenho dos Simpsons, tem um museu do rock independente em casa e ainda é mascate. Conheça essa lenda do rock independente brasileiro.
Fellipe, seja bem-vindo ao CidadeCult! É um prazer recebê-lo aqui. Desde criança você já escutava rock? Como foi que você começou a se interessar pelo estilo?
Obrigado pelo convite. Então, a questão do rock foi através da minha irmã, Marta, ela ouvia os rocks clássicos, como Led Zeppelin e os Secos e Molhados. Eu devia ter uns 10 anos, morávamos no Cruzeiro nessa época. Além da influência da minha irmã, tinha um integrante da banda Sepultura (não a banda brasileira que ficou conhecida mundialmente) que morava na mesma rua. Como ensaiavam na casa dele, vez ou outra eu dava uma curiada e ficava ali, assistindo aos ensaios.

Qual foi a primeira banda que você assistiu ao vivo?
A primeira banda que assisti foi o Sepultura (de Brasília), porque eu ia nos ensaios deles. Show de verdade, acho que foi o Mel da Terra.
E quando foi que você comprou o primeiro disco?
Foi o Black Sabbath – 4. Um cara me vendeu, porque queria tomar pinga. Daí, comprei e ele tomou a pinga (risos). Depois, vieram o AC/DC – Back in Black e o Van Halen – 1984. Mas, esse último, me desfiz por radicalismo besta na época.
Esse Van Halen foi meu primeiro disco de rock.
Pois é, recentemente comprei o LP novamente, em bom estado de conservação. Dei muita sorte.
A primeira demo dos Raimundos, eu que levei na Galeria do Rock em SP e entreguei ao Renato, que na época era empresário do Ratos de Porão (banda paulista de hardcore), ele passou para o João Gordo (vocalista) e a fitinha rodou por lá.
Felipe CDC
E quando foi que você se tornou um cidadão taguatinguense? Quando se mudou para lá, tinha uma cena roqueira na região?
Tinha. Quando mudei para Taguatinga, em 83, comecei a frequentar shows das bandas dali. Tinha uma da Ceilândia, chamada Canal Livre, outra chamada Other Side, que era da QNL. Também tinha a Deuses Verdes. Era bem divertido. Andávamos naquela região toda atrás de shows, a pé. Eu tinha uns 14 anos.
Foi nessa época que você começou a se corresponder com pessoas de outros estados por meio das cartas? Como começou isso?
Isso mesmo, por meio da revista Rock Brigade. Eles tinham uma seção chamada Headbangers Voice, que tinha aqueles anúncios do tipo: “quero me corresponder com pessoas que curtam banda tal”. Aí, enviei a primeira e não parei mais. Aliás, tem um documentário sobre a revista no YouTube, que trata dessa parte das cartas. É cada história (risos)!
Foi daí que você começou a fazer os fanzines (revistas xerocadas) para divulgar as bandas?
Foi. O primeiro contato que tive com zine foi por meio de um cara que fazia em Ribeirão Pires (SP), o zine se chamava United Forces. Com o tempo, me tornei correspondente, mandando as novidades daqui do DF. Eu resenhava shows que tinha ido. Daí, conheci o Roldão e, juntos, criamos o primeiro fanzine de metal na região, chamado Metal Blood.
E como foi trocar de lado? Sair dos bastidores e subir nos palcos, com uma banda?
A primeira banda que montei durou apenas quatro ensaios. A proposta era fazer algo meio death metal, isso em 1988. Depois, veio o HCS, que chegou até a fazer shows, mas também não vingou. Tenho foto de uma apresentação de 1989 guardada em algum lugar naquele quartinho (se referindo ao quarto na sua casa, que é um verdadeiro museu do underground, com cartazes de shows, fotos e cartas). Daí, em 1990, montei o Death Slam, que está na ativa até hoje.

A Death Slam foi a sua primeira banda que conseguiu gravar uma fita demo?
Sim, a primeira banda que gravou foi o Death Slam. Foi gravada em 24 canais, no estúdio Zen, em fevereiro de 1993. O HCS também chegou a gravar, mas eu já não estava na banda nessa época.
E o Terror Revolucionário? Como foi montado?
Com o Terror, foi assim: eu ia na RVC (loja de discos no Conic) deixar fanzines e cartazes de shows e o Barbosa (atual guitarrista) trabalhava lá. Daí, um dia ele me chamou pra montar uma banda. Ele trouxe o “homem palco” (uma figura carismática que ficava agachada, em cima dos palcos, para que pessoas subissem em suas costas e se jogassem em cima do público) e eu trouxe o Jefferson. Lembro do primeiro ensaio: Jefferson e eu estávamos na parada de ônibus, ali no centro de Taguatinga, esperando o Barbosa e o homem palco chegarem (eles vinham do Plano Piloto). Quando desceram do ônibus, Barbosa estava com uma guitarra rosa, dessas bem vagabundas, sem capa. As duas figuras eram bem estranhas. O Jeffer ficou um pouco incrédulo, mas nesse primeiro ensaio, que durou duas horas, já saíram sete músicas.
Por quais outras bandas você passou antes de formar o Death Slam e o Terror Revolucionário (uma de suas bandas atuais)?
Bom, tive uma banda com a Adriana (baixista do Terror Revolucionário), a Teratogenia, que ainda contava com o Daniel (baterista dos Os Cabeloduro) e o Djalma. Com essa banda, gravamos no Cáustico Lunar (que ficava ali no Conic) e soltamos uma fitinha com outras três bandas, duas de cada lado. O show de lançamento era para arrecadar fundos para a Casa do Caminho (lar que cuida de crianças em Taguatinga), mas acabamos dando prejuízo, o público quebrou algumas coisas no local.
Você acha que se tivéssemos uma mídia a nível nacional, como existe no Sudeste, outras bandas poderiam ter se destacado no cenário nacional?
Com certeza, muitas bandas ficaram escondidas aqui, porque não tinham como serem vistas e nem espaço para divulgar o som. O Distrito Federal sempre teve várias bandas boas, inclusive, melhores que muitas bandas de São Paulo e do Rio de Janeiro (não que isso seja uma competição), mas muitas bandas daqui desanimaram e acabaram sem lançar nada. Se tivessem mais apoio nessa área, acho que teriam saído até para o mainstream. Mas o rock no Brasil é isso. Como diz o jornalista Marcos Pinheiro: “quem está no rock é para se fod…” (risos).

E como aconteceu a turnê na Europa com o Terror Revolucionário?
Alguns amigos que já tinham tocado por lá falavam pra gente ir, mas não entendíamos bem o que fazer para isso acontecer. Então, o Lauro, um amigo que já tinha feito turnê com sua banda por lá, pilhou e escreveu um projeto para a gente. Enviamos para o Fundo de Apoio à Cultura e conseguimos parte do dinheiro que precisávamos. O Barbosa conseguiu fechar a maioria das datas dos shows e também a nossa participação no Obscene Fest (festival da República Tcheca, considerado um dos maiores de música pesada do mundo). Vários amigos, que já tinham tocado no Obscene, fizeram lobby para a gente conseguir ser selecionado, acabou dando certo! Fora o festival, fizemos outros 13 shows em 17 dias.
E fora da Europa, quais foram os outros países em que vocês já tocaram?
Tocamos na Argentina, Chile e México. Eu queria muito tocar no Paraguai, temos amizades fortes por lá. Seria realizar um sonho.
Foi dessa viagem para o México que rendeu o lançamento de vocês por lá?
Sim, o Barbosa conheceu, em um dos shows, um cara que tinha um selo e eles mantiveram contato após voltarmos para Brasília. Daí, conseguimos um esquema massa de soltar um dos nossos CDs em K7. Sei lá o porquê, mas o povo gostou da gente. Vai entender (risos).
E vocês têm planos de voltar ao México, agora que tiveram o K7 lançado por lá?
Quase fomos ao México novamente, mas a pandemia quebrou nossas pernas (risos). Íamos tocar num grande festival. Também queremos ir para a Europa em 2025, porém, precisamos conciliar as férias de trabalho dos quatro integrantes. Ainda não sentamos pra definir
. A gente quer tocar em países que não tocamos da outra vez. Sei lá, conhecer novos lugares e novas cenas.
Cantar em português atrapalha um pouco a carreira internacional?
É uma barreira, né. Porque a banda é pequena. Se fôssemos uma banda maior, talvez não atrapalhasse tanto. Mas não mudaremos. Cantar em português é a nossa cara.
Você e o Gabriel Thomaz (ex-Little Quail e Autoramas) são “acusados” de serem os maiores distribuidores de fitas da época, você ainda faz isso?
Pior que sim, até hoje levo materiais de bandas do DF, CDs, EPs, divulgando links de bandas que estão apenas nas plataformas digitais. Quando chego nas cidades, a primeira coisa que faço é procurar lojas e shows para distribuir. Quando fomos para a turnê na Europa, levei uma mala só com material das bandas. No México, fui parado no aeroporto e tive que me explicar, o agente perguntou porque eu estava levando tantos materiais repetidos, perguntou se era para vender. Um outro policial aliviou, dizendo que entendia que era apenas para divulgação, sem fins lucrativos e tal. A primeira demo dos Raimundos, eu que levei na Galeria do Rock em SP e entreguei ao Renato, que na época era empresário do Ratos de Porão (banda paulista de hardcore), ele passou para o João Gordo (vocalista) e a fitinha rodou por lá.
E você acha que a cena do rock no DF está se renovando? Tem uma galera nova chegando ou o rock morreu?
Está renovando sim. Tem uma molecada chegando forte. Sempre que estou ensaiando no estúdio vejo uma molecada nova fazendo rock autoral. Nos shows, também tenho observado essa renovação, caras novas aparecendo a cada fim de semana. Acho que este é o grande triunfo: enquanto existir um jovem escutando, o rock vai estar lá. É muito diferente de outros estilos. O rock é feito por amor. É a prova de que o amor eterno existe (risos).
Aproveitando que estamos falando sobre gerações, qual é o futuro da música no quesito de distribuição e modo de ouvir?
Em relação à distribuição, tenho muito medo do que vai acontecer. Eu sou um cara um pouco avesso a algumas tecnologias, não tenho redes sociais, ainda me comunico por e-mail e ligações telefônicas. Sou quase analógico. Mas vejo muitas pessoas usando essas plataformas de música. As bandas que eu toco estão lá (os outros integrantes colocam). Até pouco tempo, eu tinha uma radiola daquelas de móvel, que ocupava quase a sala inteira. Realmente não sei o que vai acontecer no futuro da música, cara. Acho que vai chegar uma hora em que você vai ter um chip e já sairá ouvindo um show.
E como você se atualiza para descobrir novas bandas?
Eu escuto muita coisa nova no YouTube, lá que descubro bandas pra tocar no Zine-se (programa semanal de rádio que ele apresenta). Antes, os caras mandavam o material físico. Hoje, é só um link para a gente escutar. Eu acho que essa coisa da tecnologia tira um pouco o lado humano do processo, sabe. Essa semana, uma banda me mandou material físico (CD, camiseta) com uma carta escrita à mão, fiquei até emocionado. Hoje, os moleques já nascem com essa coisa das redes. Gravam no quarto e soltam a música, em questão de segundos, numa plataforma para o mundo inteiro ouvir. Com meus 53 anos, não é nem preguiça, talvez eu não queira aceitar esse rumo que as coisas estão tomando, sabe. É tudo imediato, tudo tem que ser pra já. A música tem que ser mais curta, porque as pessoas não têm tempo de ouvir uma com maior duração. É tudo pra ontem. Até os programas de entrevistas já vêm todos picotados no YouTube, para você ver apenas as partes mais interessantes.
Aproveitando que você falou de programa de rádio, como surgiu essa ideia de ser radialista?
Eu sempre quis fazer rádio. É legal para as pessoas conhecerem bandas diferentes. A maioria das músicas que tocamos no programa são de bandas independentes. Buscamos mostrar as que não têm espaço nas grandes rádios. Nos anos 90, apresentei um projeto na rádio Cultura, mas ele não foi aprovado. Eu tenho essa vontade faz muito tempo. A ideia surgiu dos três gurus que tenho aqui em Brasília: Marcos Pinheiro, Alexandre Podrão e o Lelo Nirvana (três figuras pioneiras na apresentação de programas de rock independente). Foi no programa desses caras, nos anos 90, que tocou os sons do Death Slam pela primeira vez. Ahhh, não posso esquecer do Paulo César Cascão, né?
Então, o Zine-se é o seu primeiro programa de rádio?
Sim, esse foi o primeiro. O Boreu (tatuador) foi quem fez a ponte. Ele chegou para o pessoal da Rádio 4 Tempos e falou que sentia falta de um programa que tocasse sons feitos aqui na cidade. Daí, me pôs em contato com os donos da rádio. O Armando e a Patrícia toparam na hora, mas eu disse a eles que não conseguia fazer o programa sozinho, já que não lido bem com tecnologia e precisava operar os equipamentos. Chamei um amigo de longa data, o Fábio Frajola (vocalista da banda Seconds of Noise), para me ajudar nessa divertida tarefa. Ele aceitou e já estamos há oito anos com o programa, tocando bandas desde as mais famosas às independentes. Durante a pandemia, o programa passou a ser reprisado na rádio Cultura. Depois, uma rádio de São Paulo também começou a reprisar. Fora isso, soltamos a parte das entrevistas no YouTube, numa parceria com o estúdio Mercearia, que nos cedeu o espaço para as gravações do programa.
Falando em rock independente, você também tem o selo Independência Records, né?
Sim, o selo Independência Records começou como uma cooperativa. As bandas se juntavam, dividiam o espaço no CD e cada uma pagava sua parte. Depois, a gente rachava, em partes iguais, a prensagem entre as bandas e cada uma vendia os CDs. Isso era uma forma de mostrar que não precisavam esperar por uma gravadora grande para soltar seu material. Com o tempo, começamos a lançar bandas solo. Saiu primeiro o CD da Death Slam, com 53 músicas (isso mesmo, não é erro de digitação), depois teve o vinil do Facada (banda de Fortaleza). Ao todo, umas 80 bandas saíram pelo selo, entre coletâneas e solos. Hoje, o selo também é uma editora. Recentemente, soltamos o livro “86 Histórias do Underground”. Esse livro conta histórias de bastidores do rock underground brasileiro. Estamos prestes a soltar a parte dois, que contém outras 86 inéditas.
E por que 86 histórias? É um número cabalístico?
Não (risos), é porque consideramos 1986 como o ano que saíram os discos mais legais de rock no mundo e no Brasil. É uma referência a isso.
E como foi que você se tornou produtor de shows? Como começou o festival Headbangers Attack?
A primeira produção foi em 1990, eu tinha montado a Death Slam. Queríamos tocar e ninguém dava espaço. Então, produzimos o nosso show. De forma bem precária, com péssimos equipamentos, mas era o que tínhamos à mão. Depois, fomos melhorando, alugando equipamentos de qualidade. Então, em 1993, fiz o primeiro festival Headbangers Attack. De lá para cá, só paramos na pandemia. Voltamos em 2023 e estamos na 19ª edição do festival. Uma curiosidade é que nunca repetimos bandas. Cerca de 200 bandas independentes já passaram por ele. Fora o Headbangers, produzo junto com o Márcio (vocalista da banda Os Maltrapilhos) o festival “Vomitando a Ceia”, que acontece todo ano na semana do Natal. A entrada desse evento é um brinquedo e, tudo o que arrecadamos, doamos às crianças de instituições aqui no DF, uma coisa meio papai noel do rock. Além desses dois, ainda produzo o Terror Fest e o Slam Noise Fest.
Há uns dez anos você montou outra banda, né. Como surgiu o Caligo? É bem diferente das outras bandas que você faz. É um som mais sombrio e lento. Como aconteceu?
Em 2012, o Sandro (da banda Into The Dust) me convidou para fazer os vocais. Boa parte das letras são poesias do Augusto dos Anjos. Ele tem muito a ver com a atmosfera do doom (estilo musical da banda), mais sombrio, saca. Eu não tenho capacidade para escrever letras extensas e poéticas assim (risos).
Aproveitando que você tocou no assunto, como é o processo das suas letras? Como você define o que vai para cada uma das três bandas?
O processo de criação do Terror Revolucionário e do Death Slam são mais parecidos, são letras de protesto. São sobre coisas que nos indignam. As coisas mais cotidianas vão pro Terror, as coisas mais anti status quo, assuntos mais globais, vão para Death Slam. O Caligo, são os temas voltados para a morte.
Já que falou em indignação, o que te indigna dentro do rock?
Boa pergunta, me indigna o conservadorismo dentro do rock. Tem banda de black metal (estilo de metal que renega o cristianismo)
fazendo letras em homenagem ao Bolsonaro. Pô, uma banda teoricamente anti-religião defendendo um lixo que tem como lema “Deus acima de tudo”. Compreende a contradição? Não podia se misturar nunca. O rock deveria ser o contrário disso. Sou da escola do protesto e da subversão dos valores conservadores. Desde o início, o rock é contestador, é subversivo. O blues já contestava a escravidão. É você não entender as origens, cara. É contra a essência do rock. Hoje, você vê bandas punks conservadoras. Isso é muito escroto.
Você deve ter se decepcionado com vários artistas ultimamente, né? Como faz? Deixa de escutar? Cancela?
Isso é um problema, algumas bandas eu consigo ouvir. É o caso do Cream, por exemplo. Pô, o Eric Clapton era um cara foda, de repente, virou um idiota, quando o assunto é política. O cara foi antivacina na época da pandemia. Mas gosto do som, tento não pensar muito nessa questão, compreende? O Slayer foi outra decepção, o Tom Araya (vocalista) apoiando o Trump foi difícil. Pô, o cara tem descendência latina, vivendo nos Estados Unidos e apoiando o Trump, não consigo entender. Porém, é outra banda que não consegui parar de ouvir. Tento pensar só no som, que é excelente, meio que esqueço quem está cantando.
Fellipe, já tomei muito do seu precioso tempo. Aliás, nem sei onde consegue encontrar tempo para fazer tudo o que faz. Quero te agradecer pelo bate-papo e pelos serviços prestados ao rock independente ao longo dessas décadas. Quer deixar uma mensagem para os nossos leitores?
Bom, eu que agradeço o espaço. A mensagem que quero deixar para a galera é: parem de se informar pelo WhatsApp e saiam um pouco das redes sociais. Vão ao cinema, assistam documentários e filmes, leiam livros, conversem com as pessoas pessoalmente, olhem no olho. Descubram bandas independentes e não escutem só o que a TV e a internet querem que você escute. Acho que é isso.