Foto: Ricardo Moraes
O “Caminhos da reportagem” da TV Brasil levou, ontem (3), às 23h, um programa especial sobre a literatura indígena com o episódio “Palavras ancestrais”. A produção revela as perspectivas de grandes nomes da literatura indígena, como Ailton Krenak, Daniel Munduruku, Eliane Potiguara, entre outros, que discutem o impacto e a importância da escrita dos povos originários no Brasil.
Em 2024, Ailton Krenak fez história ao se tornar o primeiro imortal indígena da Academia Brasileira de Letras, colocando em pauta as vozes dos povos indígenas no cenário literário e cultural do país. Krenak, em sua posse, apontou a relevância de sua entrada com 30 anos de atraso, mas afirmou que levaria consigo os 305 povos indígenas.
Ao lado de Krenak, Daniel Munduruku, autor premiado e defensor da literatura infantojuvenil indígena, e Kaká Werá, organizador do livro “Apyttama-floresta de histórias”, vencedor do Prêmio Jabuti 2024, destacam a produção literária crescente. Já Eliane Potiguara, a pioneira da literatura indígena, e Francy Baniwa, que se tornou a primeira mulher indígena a publicar um livro de Antropologia no Brasil, compartilham suas trajetórias de resistência e a importância de dar visibilidade às vozes indígenas.
A literatura indígena está, cada vez mais, assumindo um papel fundamental na construção de uma narrativa mais plural e na reflexão de questões culturais, sociais e ambientais. Os autores revelam o potencial transformador dessas obras, que não apenas preservam saberes ancestrais, mas também dialogam com a sociedade de maneira profunda e necessária.
O episódio estará disponível também no YouTube para quem não puder assistir na TV. Não perca a oportunidade de entender mais sobre o movimento literário indígena e a contribuição de seus escritores para a literatura brasileira.