Foto: Wilson Dias
Na última segunda-feira (16), um incêndio de grandes proporções surpreendeu cerca de 20 indígenas da etnia Tukano, residentes no Setor Noroeste, em Brasília. O fogo, que começou nas primeiras horas da manhã, causou a destruição de parte da plantação de mandioca e danificou o sistema de encanamento de água potável que atendia a comunidade. Segundo Álvaro Tukano, líder da etnia, o incêndio pode ter sido criminoso, porém, não há suspeitos nem denúncia formal registrada.
A comunidade indígena, que vive próxima à Casa Yepá-Mahsã, localizada entre as quadras 706/707 do Noroeste, acionou o Corpo de Bombeiros duas vezes no mesmo dia. Mesmo com o fogo debelado pela manhã, ele reacendeu algumas horas depois, exigindo uma nova intervenção dos bombeiros. O incêndio aconteceu no mesmo momento em que equipes combatiam focos de queimadas no Parque Nacional de Brasília, agravando a situação na região.
Além do povo Tukano, outras etnias, como guajajara, bororo e xucuru, também vivem no Setor Noroeste, uma área conhecida por abrigar diversas comunidades indígenas. Para Álvaro Tukano, o impacto dessa tragédia vai além dos danos materiais, colocando em risco a preservação do território e o modo de vida dessas comunidades.
Os incêndios em áreas de cerrado têm sido um desafio constante, tanto para as comunidades indígenas quanto para as autoridades locais. A neta de Álvaro Tukano registrou imagens do momento do incêndio, que foram compartilhadas nas redes sociais, chamando a atenção para a gravidade da situação e a necessidade urgente de medidas preventivas.