Atriz e diretora de teatro, Adriana Lodi o monólogo "Senhora P"

Espetáculo do coletivo coquetel Molotov dialoga sobre as violências crescentes contra a mulher e as multiplicidades de abusos cometidos em territórios públicos e privados

“Professora… Pesquisadora … Partilha… Práticas… Pedagógicas… Potentes”. Senhora P. Atriz, professora, doutoranda em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB), Adriana Lodi vai estrear o seu primeiro monólogo na capital federal: Senhora P. A artista, reconhecida no cenário cultural e educacional local, formou o coletivo coquetel Molotov e – junto à outras parcerias – traz essa produção que busca dialogar sobre as violências recorrentes contra as mulheres e discutir as multiplicidades de abusos cometidos diariamente em locais como a casa, a escola, o trabalho, a rua.

Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal e apoio do SESC-DF, a produção inédita Senhora P poderá ser conferida de 11 a 14 de agosto e de 18 a 21 de agosto, de quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 19h, no Teatro Sesc Garagem (913 Sul). Ingressos: R$ 10 (meia-entrada). Não recomendado para menores de 16 anos. Mais informações: Instagram: @senhorap.oficial.

Com base em pesquisa de doutorado, Lodi encena uma obra autobiograficional. “A personagem apresenta sua luta contra situações de violência. É desafiada nas suas verdades e busca resgatar sua integridade física e emocional por meio de aulas que permitem que ela escape do aprisionamento psíquico e emocional no qual se encontra”, explica a artista que contou ainda com a colaboração de Daniela Diniz, Fernando Villar, Rodolfo Godoi para a construção da dramaturgia autoral.

E são os acontecimentos do dia a dia que atravessam o processo de criação que acaba por reverberar outras vozes. Em off, falam as vozes dos reconhecidos artistas Bidô Galvão, Chico Sant’Anna e Rodolfo Godoi.

“Senhora P usufrui de uma estrutura composta por aulas, depoimentos e um interminável interrogatório que lançam a atriz/personagem numa busca por encontrar formas de agir contra os processos de subordinação, adestramento e opressão impostas pelo patriarcado capitalístico colonial”, reforça Adriana Lodi. Algo bem comum dentro do universo feminino nos tempos atuais.

Dentro de um universo distópico, o monólogo contará ainda com inserções em vídeos de músicas de mulheres fortes como Mc Carol e Carol konka.

Na construção do enredo, Adriana Lodi destaca a inspiração em grandes mulheres feministas como Bell Hooks, Grada Kilomba, Sueli Carneiro, Suely Rolnik, Judith Buttler, dentre outras.

Ficha Técnica:

Concepção e direção geral – Adriana Lodi

Encenação – Adriana Lodi, Daniela Diniz, Roberta Rangel, Rodolfo Godoi

Dramaturgia – Adriana Lodi, Daniela Diniz, Fernando Villar, Rodolfo Godoi e colaboração de Catarina Accioly

Atriz criadora – Adriana Lodi

Vozes em off por ordem de aparição – Bidô Galvão, Chico Sant’Anna, Rodolfo Godoi, Ana Lúcia Gismonti, Guilherme Reis e Adriana Lodi

Assistência de Direção – Daniela Diniz, Roberta Rangel e Rodolfo Godoi

Provocação cênica – Fernando Villar

Direção audiovisual, câmera e edição – Roberta Rangel

Pesquisa e criação coletiva – todes artistas envolvides.

Direção Técnica e projeções – Thiago Sabino

Iluminação e operação de luz – Ana Quintas