Foto: Lúcio Bernardo Jr
O Distrito Federal se destaca como a segunda unidade federativa com maior proporção de profissionais no setor da economia criativa, perdendo apenas para São Paulo. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelam que 9,7% dos trabalhadores no DF atuam em áreas criativas, como música, audiovisual, artesanato, turismo, eventos e design. Esse número coloca Brasília à frente de estados como Rio de Janeiro, Ceará e Rio Grande do Sul.
A força do DNA criativo de Brasília
O setor de economia criativa no DF não é apenas um reflexo da diversidade cultural, mas também do histórico de profissionais inovadores que contribuíram para a construção e identidade da cidade. Arquitetos, urbanistas, sociólogos e artistas trouxeram para Brasília um legado criativo que se reflete nas artes, na música, no teatro e na produção cultural. O professor Alexandre Kieling, da Universidade Católica, destaca que a criação de Brasília foi, em si, uma grande manifestação criativa, resultado de um trabalho coletivo de visionários que fundaram a cidade.
Impacto econômico e crescimento contínuo
A economia criativa no DF já gera quase R$ 10 bilhões por ano, representando 3,5% do PIB local, com cerca de 130 mil profissionais formalmente empregados nesse setor. Entre as áreas que mais se destacam, estão os grandes festivais de música e cultura, como o “Capital moto week“, “Na praia”, “Funn festival”, e iniciativas como o Afroturismo e o Turismo Fora do Avião, que ajudam a valorizar o patrimônio e as raízes da cidade.
Apoio do governo e perspectivas de futuro
O Governo do Distrito Federal tem sido um importante aliado, por meio de programas como o Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e a Lei de Incentivo à Cultura (LIC). Políticas públicas que apoiam o cooperativismo, o artesanato e as startups também têm impulsionado ainda mais o crescimento da economia criativa no DF. Com uma sólida base de apoio, a expectativa é que, em poucos anos, o DF alcance a liderança na cadeia criativa, com uma economia cada vez mais integrada e exportadora.
O impacto na vida das pessoas
Projetos como o “Empoderadas”, que capacitam mulheres em situação de vulnerabilidade, e a valorização do cooperativismo em feiras e mercados, têm mostrado como a economia criativa contribui para a inclusão social e geração de emprego e renda. Para os profissionais da área, como Aline Karina, criadora do “Turismo fora do avião”, o potencial da economia criativa é imenso e segue em constante crescimento.
O DF, com seu forte perfil criativo, segue sendo uma vitrine para inovações culturais, econômicas e sociais, consolidando-se como um dos maiores polos da economia criativa do Brasil.