Foto: Tony Oliveira
O projeto “Drenar DF”, um dos maiores programas de captação e escoamento de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF), segue em andamento com investimentos de R$ 180 milhões. Durante a execução das obras, diferentes tipos de solo foram identificados, o que exigiu adaptações nas técnicas de escavação. A Terracap, responsável pela implementação, realizou estudos técnicos prévios para antecipar as características do solo e planejar as metodologias de trabalho.
Inicialmente, os estudos apontaram a presença de dois tipos de solo: o solo mole, predominante em grande parte dos 7,7 km de túneis do projeto, e o solo pouco rígido, o que permitiu o uso de escavação manual com ferramentas como pá, picareta e martelete elétrico. No entanto, durante a escavação de um novo lote de 3 km, os técnicos se depararam com um solo mais rígido do que o previsto, o que exigiu uma mudança nos processos.
Para enfrentar o desafio, a equipe optou por utilizar escavadeiras e furadeiras hidráulicas, equipadas com brocas especializadas, capazes de perfurar solos mais duros. Hamilton Lourenço Filho, diretor-técnico da Terracap, explica que a adaptação das técnicas foi fundamental para o avanço do trabalho, especialmente nos trechos mais difíceis.
Até o momento, 7,6 km dos túneis foram escavados e 235 das 291 bocas de lobo, dispositivos responsáveis pela coleta e direcionamento da água da chuva, já foram instaladas. Esses dispositivos são fundamentais para evitar alagamentos e melhorar a infraestrutura de drenagem de Brasília.
Futuras etapas do Drenar DF
A primeira fase do Drenar DF, que abrange as quadras iniciais da Asa Norte, foi concluída, e a segunda fase está em processo de aprovação. Ela vai englobar as quadras 4 a 14 da Asa Norte. Além da drenagem, o projeto inclui a criação do Parque Urbano Internacional da Paz, com 5 mil m² de área, que contará com ciclovia, áreas de lazer e mais de 249 árvores e arbustos, incluindo espécies frutíferas e de sombreamento.
Este projeto não só visa melhorar a drenagem e prevenir alagamentos, mas também promove a valorização da área e a sustentabilidade ambiental, oferecendo um espaço urbano mais funcional e agradável para a população.