O Deputado Ricardo Vale compartilha insights sobre o Projeto de Lei para estabelecer o Dia do Rock Brasiliense e discute a importância do rock local na cultura musical e histórica da cidade e do país. Ele expõe os objetivos do projeto, suas implicações culturais e futuras atividades. Além disso, o deputado destaca a viabilidade e os benefícios de um museu do rock no Distrito Federal, abordando sua opinião, os desafios e como esse empreendimento pode contribuir para o turismo e a cultura da região. Vale ainda explora a possibilidade de apoio contínuo à cena musical local e compartilha sua perspectiva sobre o investimento público no museu, considerando a situação orçamentária e as prioridades governamentais.
Deputado Ricardo Vale, poderia nos explicar os principais objetivos e propósitos do projeto de lei que visa estabelecer o Dia do Rock Brasiliense?
O objetivo é reconhecer a importância da nossa cidade, como berço de tantos talentos do rock, além de movimentar a cena cultural do rock autoral.
Qual é a importância cultural e histórica do rock brasiliense para a cidade e para o cenário musical nacional, que motiva a criação de um dia específico para celebrá-lo?
O rock brasiliense da década de 1980 marcou não só a Capital Federal, mas a história nacional. A data reconhece essa participação e valoriza a contribuição brasiliense. Por isso, o aniversário de Renato Russo, em 23 de março, é sugerido como o dia. Ele foi um dos grandes expoentes dessa produção.
Quais serão as atividades ou ações previstas para marcar o Dia do Rock Brasiliense, caso o projeto de lei seja aprovado?
Com a data no calendário oficial, o Executivo poderá elaborar uma série de ações comemorativas, além das iniciativas privadas que podem ser atraídas.
Como o senhor acredita que a instituição de um dia dedicado ao rock brasiliense poderia contribuir para a promoção e valorização dos músicos locais?
A inclusão da data no calendário oficial provoca o poder público para o desenvolvimento de novas políticas de incentivo, principalmente, para os músicos autorais, que são os que mais carecem de investimentos, como festivais e ações culturais para a renovação do público.
O projeto de lei considera algum tipo de parceria ou envolvimento com artistas, bandas ou instituições ligadas ao cenário do rock brasiliense? Se sim, poderia compartilhar mais detalhes?
Não, o projeto de lei fixa a data e justifica histórica e culturalmente a importância da ação. As parcerias podem ser estabelecidas a partir das comemorações após a criação do dia.
Além do Dia do Rock Brasiliense, há alguma intenção de promover ações contínuas de apoio e incentivo à cena musical local?
Sim. Tenho conversado com produtores culturais sobre a lacuna de investimento e ações para o segmento, temos muito espaço para atuação e vamos trabalhar nos próximos anos para isso.
Mudando de foco, qual é a sua opinião sobre a criação de um museu do rock no Distrito Federal? Você acredita que é uma iniciativa viável e benéfica para a cidade?
Sou um entusiasta. Assim que soube da proposta de Philippe Seabra, da Plebe Rude, apadrinhei o projeto. Nada mais justo que a capital do rock ter a guarda dos itens que fazem parte da história do rock local e nacional. Faremos a ponte das articulações políticas necessárias, além de buscar recursos para a obra. Queremos que essa ideia saia do papel e lutaremos por isso.
Quais seriam os possíveis benefícios de um museu do rock para a cultura e o turismo na região?
A guarda e exposição de uma parte importante da cultura do DF. A Capital Federal já é conhecida pelo turismo cívico e cultural, e um novo equipamento reforça essa vocação, além de contar com uma opção específica para o turismo musical.
Na sua opinião, quais seriam os desafios e obstáculos a serem superados para a concretização desse projeto de museu do rock?
A definição do modelo de gestão, só a partir dela é possível medir as dificuldades e outros passos a serem cumpridos.
Considerando a atual situação orçamentária e as prioridades do governo, qual é o seu posicionamento quanto ao investimento público na construção e manutenção de um museu do rock no Distrito Federal?
Esse é um debate que depende do modelo que será concretizado. Caso a opção seja de um equipamento público, seguirá todos os trâmites e deverá estar previsto no orçamento anual.