Foto: Tânia Rêgo
Em Natal, no seminário “Desafios e experiências da educação no Nordeste”, realizado nos dias 9 e 10 de dezembro, uma proposta inovadora foi destacada: a criação de um modelo educacional que elimine a reprovação escolar. A ideia, apresentada pela representante do Unicef, Erondina Silva, busca superar a distorção idade-série, um dos maiores desafios da educação no Brasil, principalmente entre estudantes de regiões periféricas e de populações vulneráveis.
Erondina destacou que a reprovação é um ciclo que desmotiva o aluno e aumenta as taxas de abandono escolar. “A distorção idade-série está ligada ao fracasso escolar e é naturalizada, especialmente entre os alunos do Norte e Nordeste, das periferias das grandes cidades e de famílias em situações de vulnerabilidade”, afirmou. De acordo com dados do Unicef, mais de 4,3 milhões de estudantes enfrentam esse problema, o que compromete sua trajetória educacional.
O seminário também apresentou o programa “Avexadas para aprender”, uma ação do governo do Rio Grande do Norte, em parceria com a Undime e o Itaú Social, que tem como objetivo evitar a reprovação e manter os estudantes na escola, estimulando a superação das dificuldades. A proposta busca combater a desmotivação e dar aos alunos as ferramentas necessárias para reverter o quadro de fracasso escolar.
Além disso, o evento trouxe o exemplo do projeto “Agência de notícias na escola”, da Bahia, que está transformando a forma de ensino ao permitir que estudantes sejam responsáveis pela produção de notícias. O programa, já em seu segundo ano, tem promovido o desenvolvimento de habilidades de escrita, leitura, pesquisa e trabalho em equipe, além de dar voz aos jovens para que eles possam discutir temas relevantes, como fake news, mercado de trabalho e até mesmo temas ligados ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Essas iniciativas refletem a busca por soluções criativas e inclusivas que enfrentam os desafios educacionais do Nordeste, proporcionando aos alunos novas oportunidades para aprender de maneira mais engajada e participativa. Com apoio do governo federal e de organizações como o Unicef, essas experiências educacionais têm como objetivo melhorar a qualidade do ensino e garantir um futuro mais igualitário para todos os estudantes.
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