O cinema brasiliense está em alta graças ao apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), que, por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF) e da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), tem impulsionado produções locais e promovido novos festivais. Entre os beneficiados, destacam-se os longas Capitão Astúcia e Cartório das Almas, além do recém-criado Festival Brasileiro de Filmes de Entretenimento (Febrafe), que celebrou sua primeira edição com o suporte da LIC.
Para Vittor Pinheiro, diretor-executivo do Febrafe, o incentivo governamental foi determinante para o sucesso do evento. “O apoio foi essencial. O audiovisual tem um impacto cultural duradouro, e o suporte do GDF mostrou a força do cinema brasiliense”, comentou. Durante o festival, filmes independentes receberam destaque, revelando o potencial cultural e a autenticidade das produções locais.
Os recursos de apoio à cultura disponibilizados pelo GDF foram essenciais para as gravações em ambientes externos do longa Capitão Astúcia | Foto: Divulgação
A obra de Leo Bello, por sua vez, apresenta uma ficção científica em que a morte é uma decisão a ser tomada, não destino. “O cinema produzido em Brasília é único, de um olhar regional, assim como o cinema do Brasil todo. Para a gente que está fora do eixo, é importante ter as cotas dos editais”, destacou Bello.
Planos futuros
As conquistas recentes dos cineastas trazem boas perspectivas para o futuro. Eles almejam que a continuidade dos editais de incentivo fortaleça ainda mais o setor cultural em Brasília. “Os investimentos precisam acompanhar as demandas do setor para que as produções locais se mantenham competitivas”, opinou Filipe Gontijo.
“Para a gente que está fora do eixo, é importante ter as cotas dos editais”, afirma Leo Bello, diretor do longa-metragem Cartório das Almas | Foto: Divulgação
Produções de destaque e visão dos cineastas
Com apoio do FAC-DF, Capitão Astúcia, dirigido por Filipe Gontijo, foi premiado em diversos festivais, destacando-se pela qualidade de produção. Gontijo relatou que a verba foi crucial para as gravações em ambientes externos de Brasília, capturando a cidade como parte fundamental da narrativa. O filme, que conta a história de um ex-letreirista de quadrinhos que aos 80 anos decide se tornar super-herói, deve estrear nos cinemas no início do próximo ano.
Já Cartório das Almas, de Leo Bello, explora a ficção científica com uma perspectiva única, abordando a morte como uma decisão consciente. “O cinema em Brasília tem uma voz própria e é essencial que os editais continuem garantindo espaço para produções fora do eixo tradicional,” afirma Bello.
Perspectivas futuras e o fortalecimento do setor
O sucesso dos cineastas gera expectativas para o futuro do cinema brasiliense. Gontijo e Bello defendem que a continuidade dos editais de incentivo é fundamental para manter o setor cultural competitivo e gerador de empregos. Além do apoio direto aos filmes, o GDF investe em ações como o Prêmio FAC para Novos Realizadores e o Programa Conexão Cultura DF, que estimulam tanto a criação quanto a difusão da cultura no Distrito Federal.
Com informações da Agência Brasília