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Na última semana, Brasília foi palco de uma noite memorável com a apresentação de Alaíde Costa e a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, regida pelo maestro Joaquim França. O evento, realizado na sala Plínio marcos: Eixo ibero-americano, marcou o retorno do Circuito Pixinguinha, um dos maiores projetos de fomento à música brasileira, que esteve suspenso desde 2008.
Idealizado pelo gestor cultural Gustavo Vasconcellos, o Circuito Pixinguinha voltou com força, reunindo grandes nomes da cultura brasileira, como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o secretário de Cultura e Economia do Distrito Federal, Cláudio Abrantes, e a presidente da Funarte, Maria Marighella. A noite também celebrou os 45 anos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, que foi fundada pelo maestro Cláudio Santoro e, ao longo dos anos, se consolidou como uma das mais prestigiadas do país.
O programa da noite foi impecável, com arranjos criados especialmente por Joaquim França. A Orquestra abriu o espetáculo com as belíssimas “Trenzinho caipira”, de Heitor Villa-Lobos, e “Ingênuo”, de Pixinguinha. Quando Alaíde Costa subiu ao palco, sua presença foi uma celebração da música brasileira. A cantora interpretou canções que marcaram sua carreira, como “Voz de mulher” (Abel Silva e Sueli Costa), “Dindi” (Tom Jobim), “Absinto” (Fátima Guedes), “Aos meus pés” (João Bosco e Francisco Bosco) e “Insensatez” (Tom Jobim), entre outras, levando o público a uma verdadeira viagem musical.
O ponto alto da noite foi a interpretação de “Travessia”, de Fernando Brant e Milton Nascimento. A canção foi recebida com grande emoção pela plateia, que, em uníssono, cantou em coro, dando ares de celebração a essa noite histórica. A apresentação foi marcada por um bis comovente que coroou o sucesso do espetáculo.
Com o retorno do Circuito Pixinguinha, Brasília reviveu um importante capítulo da sua história cultural. A noite foi um tributo à música brasileira, à Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro e à imortalidade da obra de artistas como Alaíde Costa. A cidade, sem dúvida, viveu uma experiência inesquecível, que ficará na memória de todos que prestigiaram essa grande celebração da nossa música.