Foto: Marcello Zambrana
No terceiro dia das competições paralímpicas em Paris, o Brasil brilhou no atletismo, confirmando a tradição de ser uma das modalidades mais vitoriosas do país nos Jogos. O destaque do dia foi a paraense Fernanda Yara, que conquistou o ouro nos 400 metros da classe T47 (atletas com deficiência nos membros superiores), com o tempo de 56s74. Em uma emocionante dobradinha, a potiguar Maria Clara Augusto, em sua primeira participação nos Jogos, garantiu o bronze com 57s20. Ambas alcançaram seu primeiro pódio paralímpico.
Aos 38 anos, Fernanda Yara possui uma trajetória única. Ela fez sua estreia paralímpica em Pequim 2008, teve um hiato de 13 anos e retornou em Tóquio 2021, conquistando dois títulos mundiais consecutivos nos 400 metros – em Paris, 2023, e em Kobe, 2024. Maria Clara, de 20 anos, também faz história, mostrando grande potencial em sua estreia.
Outros atletas brasileiros também subiram ao pódio. Thalita Simplício alcançou sua quinta medalha paralímpica ao conquistar a prata nos 400 metros rasos da classe T11 (atletas cegos), com o tempo de 57s21. Nos 100 metros rasos T12 (atletas com baixa visão), Joeferson Marinho, de 25 anos, conquistou o bronze com 10s84, marcando sua primeira medalha paralímpica.
Fechando o dia vitorioso do Brasil no atletismo, Cícero Nobre ganhou o bronze no lançamento de dardos da classe F57 (atletas que competem sentados), com a marca de 49,46m, repetindo o resultado obtido em Tóquio.
Natação também traz medalhas para o Brasil
A natação também contribuiu para o bom desempenho brasileiro. Wendell Belarmino, da classe S11 (atletas com deficiência visual), conquistou a prata nos 50 metros livre com o tempo de 26s11, empatando com o chinês Dongdong Hua. O ouro foi para o japonês Keiichi Kimura, com 25s98. Outro brasileiro, Matheus Rheine, terminou em oitavo.
Com os resultados do atletismo e da natação, o Brasil encerrou o terceiro dia de competições em Paris na terceira posição do quadro de medalhas, com um total de 23 medalhas, sendo oito de ouro, três de prata e doze de bronze. Apenas China e Grã-Bretanha estão à frente.
Essas conquistas reforçam o talento e a dedicação dos nossos atletas, que continuam a representar o Brasil com garra e determinação no cenário paralímpico mundial.