imagem Ricardo Stuckert/PR
Em uma movimentação estratégica para inserir o Brasil no competitivo mercado aeroespacial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um acordo significativo nesta quinta-feira, 18 de janeiro. Este acordo, celebrado com o estado da Bahia e o Senai Cimatec, visa estabelecer o Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia. Este parque não só simboliza a entrada do Brasil no setor aeroespacial, que registrou um volume de negócios de US$ 807,7 bilhões em 2023, mas também aponta para um potencial de crescimento para US$ 1,4 trilhão até 2032.
Localizado na área da Base Aérea de Salvador, o Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia será um epicentro de ensino avançado, pesquisa e inovação em engenharia de aeronaves, formação acadêmica e desenvolvimento de mão de obra. O acordo, firmado em outubro, designa o Senai Cimatec como gestor do parque, que se dividirá em quatro áreas: Espaço, Defesa, Mobilidade Aérea Avançada e Aeronáutica Comercial. As áreas de foco incluem sistemas de voo e controle de tráfego aéreo, engenharia aeroespacial, novas tecnologias de energia, propulsão e cibersegurança.
Durante a cerimônia, o presidente Lula enfatizou a importância deste projeto, que se alinha com suas visitas a outros estados para reativar e lançar empreendimentos significativos. Ele criticou a falta histórica de investimentos em educação no Brasil, destacando que mudanças são necessárias para o crescimento do país.
Lula também apontou para as oportunidades que o Brasil tem diante da necessidade global de combater o aquecimento global, mencionando o potencial do país em energia renovável e na produção de hidrogênio verde.
O Parque Tecnológico não apenas contribuirá para o cenário econômico, mas já atraiu o interesse do setor privado, com vários memorandos de parceria assinados para desenvolver tecnologias como veículos aéreos não tripulados e drones para entrega de encomendas.
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou a relevância deste projeto para o avanço científico e tecnológico do Brasil, mencionando o desenvolvimento de veículos não tripulados e um satélite de observação de alta resolução. Ela salientou a importância da iniciativa para a nova industrialização do país, impactando a educação e gerando empregos de alta qualidade.
Com um investimento previsto de R$ 650 milhões para construção, além de um valor equivalente em equipamentos e laboratórios, o parque tem previsão de início de operação no primeiro semestre de 2025. Este projeto marca um passo significativo para o Brasil na arena global aeroespacial e tecnológica.