Um avanço notável no combate à AIDS foi alcançado no Distrito Federal (DF), Brasil, onde o coeficiente de mortalidade pela doença diminuiu expressivamente em 21,6% ao longo de cinco anos. Revelado em um informativo epidemiológico recente, que abrange o período de 2018 a 2022, a taxa de mortes por 100 mil habitantes caiu de 3,3 para 2,7.
Esse relatório também aponta uma redução nos casos de infecção pelo HIV e de AIDS, de 9,8 para 7,3 por 100 mil habitantes. Estes números refletem um esforço contínuo e eficaz no diagnóstico precoce e tratamento imediato, aspectos cruciais para essa diminuição.
Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde do DF, atribui esse sucesso às iniciativas do Sistema Único de Saúde (SUS), ressaltando a importância da testagem e do tratamento rápido em casos positivos.
Especialistas alertam que ter HIV não é sinônimo de ter AIDS. Muitas pessoas podem viver anos com o vírus sem desenvolver a doença, mas ainda assim há risco de transmissão. Beatriz Luz enfatiza a importância da medicação contínua para manter a carga viral indetectável e prevenir a progressão para AIDS.
Um dado alarmante é o comportamento de risco entre os jovens. No DF, a faixa etária de 20 a 29 anos representa cerca de 32,9% dos casos de AIDS, seguida por 28,9% entre pessoas de 30 a 39 anos.
Atualmente, aproximadamente 15 mil pessoas estão recebendo tratamento na rede SES-DF. Além disso, a implementação da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) tem mostrado crescimento, com 3.239 pessoas cadastradas recebendo medicamentos preventivos.
A campanha Dezembro Vermelho, que inicia no Dia Mundial da Luta contra a AIDS, visa ampliar a conscientização sobre prevenção e diagnóstico precoce do HIV. O DF também realizará atividades de testagem e aconselhamento, além de uma oficina de prevenção com a participação de especialistas.
O tratamento e o teste rápido estão disponíveis em vários locais do DF, incluindo centros especializados, policlínicas e ambulatórios de infectologia, além das unidades básicas de saúde.