Na atual etapa regional das Paralimpíadas Escolares 2023 em Brasília, 51 jovens atletas da região estão competindo, dos quais 44 são da rede pública. O evento, que teve início na quarta-feira (30), acontece no Clube do Exército e no Centro Interescolar de Esporte (Cief) e vai até sexta-feira (1º).
Adryan Eduardo dos Santos, um dedicado nadador de 11 anos, é um dos participantes. Residente em São Sebastião e estudante da rede pública, ele enfrentou desafios desde o nascimento, devido à má formação de seus membros inferiores. Graças ao incentivo de sua mãe e ao esporte, Adryan tornou-se um exemplo de determinação e superação, destacando-se em competições, inclusive em São Paulo.
Outra inspiração é João Gabriel Lins, 15 anos, que descobriu a bocha e viu sua vida transformar-se. Com a prática do esporte, ele, que nasceu com paralisia cerebral, alçou voos mais altos, ganhando medalhas e estabelecendo novas metas para sua vida, incluindo se tornar um atleta olímpico e jornalista.
As Paralimpíadas Escolares são um marco, sendo o maior evento esportivo do mundo para estudantes com deficiência. Organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2006, com exceções em 2008 e 2020, o evento conta com três fases regionais e uma nacional. Brasília, que é o anfitrião da segunda etapa este ano, vê a participação de 530 atletas de 10 estados e do próprio DF, competindo em atletismo, natação e bocha.
A capital tem se destacado no cenário paralímpico, com atuações significativas em competições tanto para adultos quanto escolares. “O Distrito Federal tem um histórico de conquistas nas Paralimpíadas, frequentemente se posicionando entre os três primeiros lugares a nível nacional. No ano passado, na etapa regional, alcançamos o segundo lugar, ficando apenas atrás de Minas Gerais”, destaca Wanderson Cavalcante, representante da Secretaria de Educação nos jogos.