Foto: Renato Araujo
De 19 de novembro a 1º de dezembro, a Caixa Cultural do Rio de Janeiro será palco da primeira edição do Festival Afronta, um evento gratuito que traz uma programação especial com 18 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens, além de rodas de conversa. A iniciativa da Preta Portê Filmes tem como objetivo promover a reflexão sobre a diversidade racial e a cinematografia negra, abordando questões fundamentais da experiência negra no Brasil e no mundo.
Destaques da programação
O festival traz produções de grande relevância, como o documentário Dahomey, da cineasta Mati Diop, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim. Inédito para o público carioca, o filme explora o apagamento cultural promovido por países europeus em territórios africanos, acompanhando a devolução de relíquias africanas ao Benin. A exibição de Dahomey será seguida de um debate com as curadoras Juliana Vicente e Diana Silva Costa.
Outros destaques incluem Othelo, o Grande, de Lucas H. Rossi, que celebra a vida do ator Grande Otelo, e Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente, que homenageia uma das maiores atrizes negras da dramaturgia brasileira. O premiado Black Rio! Black Power! e o documentário Racionais: das ruas de São Paulo pro Mundo também integram a programação, abordando o impacto do movimento Black Rio e a trajetória do lendário grupo de rap Racionais MC’s.
Ficções e séries documentais
Entre as ficções, Deixa, de Mariana Jaspe, traz Zezé Motta no papel de Carmen e explora o drama da véspera da soltura de seu marido da prisão. O filme recebeu o prêmio de melhor atriz para Zezé Motta no Festival Internacional de Cinema de João Pessoa. Além disso, as séries documentais Afrofluxo: O Som da Música Preta e Vidas que transcendem, de Luz Barbosa, abordam temas como a música preta brasileira e a vida de pessoas trans, travestis e não-binárias.
Entrada gratuita e reflexão social
O “Festival afronta” é uma excelente oportunidade para se aprofundar nas questões da cultura negra e nas narrativas de artistas e realizadores pretos. Com uma programação variada e inovadora, o evento é um marco na promoção da diversidade no cinema brasileiro e mundial. Não perca a chance de conferir essas produções de relevância global e participar das rodas de conversa que irão enriquecer ainda mais a experiência.
A entrada é franca, e o evento promete ser um espaço de reflexão, celebração e, principalmente, de valorização da cinematografia negra.