Foto: Wander Roberto
O Brasil brilhou no primeiro dia de competições de atletismo na Paralimpíada de Paris, com uma performance que vai ficar para a história. Júlio César Agripino, nascido em Diadema, São Paulo, conquistou a medalha de ouro na corrida dos 5.000 metros da classe T11, estabelecendo um novo recorde mundial e paralímpico com o tempo de 14min48s85. Ele superou o japonês Kenya Karasawa, que ficou com a prata (14min51s48), e o sul-matogrossense Yeltsin Jacques, que garantiu o bronze (14min52s61).
Agripino, emocionado, compartilhou seu sentimento com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB): “Ser campeão paralímpico e quebrar o recorde mundial é uma grande realização. Comecei em um campinho na periferia e, com muito esforço, cheguei aqui. Dedico essa vitória ao meu avô.” Este é o primeiro ouro de Agripino em Jogos Paralímpicos, após ter conquistado a prata na mesma prova no Mundial de Kobe, Japão, em maio.
Yeltsin Jacques, que já foi campeão dos 5.000 metros em Tóquio e voltou recentemente de uma lesão, também celebrou sua medalha de bronze. “Estou muito feliz pelo Júlio. Tive desafios com lesão e virose, mas consegui me recuperar e sinto que cumpri minha missão,” disse Jacques.
Com as medalhas de ouro e bronze de Agripino e Jacques, o Brasil agora soma um total de 172 medalhas em Jogos Paralímpicos, reforçando seu domínio no atletismo, a modalidade que mais contribui para a contagem de pódios do país.