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O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) acaba de anunciar uma iniciativa ambiciosa que promete impactar diretamente a preservação da Amazônia. Com a emissão de títulos verdes no valor de US$ 225 milhões (aproximadamente R$ 1,2 bilhão), a instituição busca atrair investimentos para projetos de reflorestamento em áreas desmatadas da floresta.
Esses títulos, conhecidos como “Outcome Bonds”, são um instrumento financeiro focado em resultados socioambientais. A proposta do Bird é inédita, sendo a maior emissão vinculada a resultados já realizada pela instituição. O plano é simples, mas de grande impacto: parte significativa dos recursos será destinada ao reflorestamento, com a expectativa de que o sucesso dessas ações também se reflita em retornos financeiros atrativos para os investidores.
A ideia é que uma startup brasileira liderará o projeto, utilizando os recursos para recuperar a vegetação nativa, gerando lucro por meio da Remoção de Carbono (CRUs). Esse movimento não só contribui para a redução de emissões de gases do efeito estufa, mas também visa a retirada de gases já presentes na atmosfera, tornando o projeto ainda mais inovador.
O interesse de grandes investidores internacionais já é evidente, especialmente por conta da garantia oferecida pelo Bird, que integra o Banco Mundial. Entretanto, o projeto não está isento de riscos, e seu sucesso será crucial para que o retorno financeiro seja satisfatório.
A operação, que será liquidada em 2033, destaca-se também por oferecer uma taxa de juros variável, que dependerá dos resultados obtidos com o projeto. Essa modalidade de remuneração, além de atrativa, é uma forma de alinhar os interesses financeiros dos investidores com os resultados ambientais esperados.
Com essa emissão, o Bird mostra como é possível combinar inovação financeira com sustentabilidade, trazendo novas esperanças para a preservação da Amazônia.