Foto: Reginaldo Azevedo
O Passinho carioca, uma vibrante expressão cultural que mescla movimentos ágeis e coordenados com influências do break, frevo, samba e capoeira, recebeu uma honra merecida: foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do estado do Rio de Janeiro. Originado nas comunidades cariocas nos anos 2000, o Passinho representa mais do que apenas uma dança; é um símbolo de criatividade, resiliência e vitalidade cultural que ecoa por toda a cidade.
A iniciativa para o reconhecimento do Passinho foi liderada pela deputada estadual Verônica Lima do PT, que destacou a importância dessa conquista em dar visibilidade a uma forma de expressão cultural tão relevante, além de contribuir para desconstruir estigmas associados às comunidades periféricas. A decisão de oficializar o Passinho como patrimônio cultural imaterial reflete um reconhecimento não apenas de sua importância artística, mas também de seu papel na promoção da inclusão e na celebração da diversidade cultural do Rio de Janeiro.
Para os praticantes e entusiastas do Passinho, como Cristian Marinho, artista e professor de dança, esse reconhecimento é uma vitória significativa. Ele destaca que o Passinho não apenas eleva a autoestima das comunidades onde surgiu, mas também desafia estereótipos e preconceitos, mostrando que as comunidades periféricas são locais de criatividade, talento e expressão cultural.
Originado nos bailes do Complexo do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, o Passinho conquistou popularidade através de competições entre dançarinos, que se reuniam em rodas para exibir suas coreografias únicas e envolventes. Desde 2018, o Passinho já era reconhecido como patrimônio cultural da capital fluminense, e agora, esse reconhecimento foi estendido para todo o estado do Rio de Janeiro, destacando sua importância e influência cultural em toda a região.
O reconhecimento do Passinho como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro é uma notícia emocionante e inspiradora. Além de celebrar uma forma de expressão cultural única e vibrante, essa decisão destaca o compromisso do estado em valorizar e preservar sua rica herança cultural. Que esse reconhecimento sirva como um incentivo para promover ainda mais a diversidade cultural e fortalecer os laços comunitários em toda a cidade do Rio de Janeiro.