Ao marcar os 25 anos da partida de Chico Science, figura emblemática do movimento Manguebeat, a comunidade artística e acadêmica se une para relembrar e celebrar o legado duradouro de um dos maiores inovadores da música brasileira. Em uma emocionante homenagem, a professora Luciana Ferreira, do Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), compartilha luz sobre a vida, a carreira e o impacto contínuo de Science no cenário musical e cultural.
Chico Science, cantor e compositor pernambucano, foi um dos pioneiros do Manguebeat, movimento cultural que floresceu no início dos anos 90 com a intenção de enaltecer os ritmos locais e a cultura de Pernambuco, enquanto denunciava as desigualdades sociais e a pobreza na região. Através de sua colaboração com a Nação Zumbi, Science lançou obras revolucionárias como “Da Lama ao Caos” e “Afrociberdelia”, álbuns que não apenas definiram uma era mas também projetaram a música pernambucana no panorama global.
Infelizmente, a trajetória ascendente de Science foi abruptamente interrompida por um acidente de carro em 1997, menos de um ano após o lançamento de “Afrociberdelia”. Sua morte prematura deixou um vazio no coração da música brasileira, mas sua influência ressoa até hoje, inspirando novas gerações a explorarem suas raízes culturais com orgulho e originalidade.
Através de uma análise detalhada, a professora Ferreira destaca o contexto inovador em que Science atuava, as características únicas de suas composições e o impacto permanente de seu trabalho no Manguebeat e além. Este rico legado é evidenciado não apenas na música, mas também no modo como artistas contemporâneos abordam a expressão cultural e social.