A Revolução da Cultura Digital Brasileira e a Visão Ancestral.

Entre os dias 24 e 26 de janeiro, aconteceu a 1ª Conferência Temática da Cultura Digital, marcando um momento histórico para o Brasil. Com o tema “Permacultura Digital: começo, meio e começo”, o evento virtual contou com a participação da Ministra da Cultura, Margareth Menezes, que destacou o papel vital do universo digital como ponte para o fortalecimento da identidade brasileira.

Foto: Luiciele Oliveira/MinC

A conferência resultou em três propostas fundamentais para a cultura digital, que serão encaminhadas à 4ª Conferência Nacional de Cultura (4ª CNC). Entre elas, a inclusão da Cultura Digital nas competências da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério da Cultura, o incentivo ao uso de tecnologias livres e o fortalecimento da Economia Criativa e Solidária, além da criação de programas de letramento digital.

O evento também debateu a estratégia de um Estado Permanente de Conferência, criando um espaço de mobilização social através da Plataformas, um ambiente gerido pela Casa Preta Amazônia. Este espaço visa a participação, documentação, transparência e divulgação das conferências, fortalecendo a cultura digital no país.

A Ministra Margareth Menezes reforçou a importância de defender as riquezas culturais brasileiras no ambiente digital, destacando a ideia de que “o futuro é ancestral”. Essa visão é compartilhada por Roberta Martins, secretária dos Comitês de Cultura, que ressalta a importância de uma cultura conectada à sua ancestralidade e à permacultura digital.

Uirá Porã, do Movimento FeliciLab, enfatiza a colaboração e o processo coletivo por trás da conferência, propondo um modelo contínuo de diálogo e política pública na era digital. Fabs Belvedi, da Rede de Produtoras Colaborativas, destaca como a permacultura digital pode unir saberes ancestrais e tecnológicos, promovendo uma compreensão ampla entre diferentes áreas do conhecimento.

Este encontro sinaliza um novo capítulo para a cultura digital brasileira, promovendo inclusão, diversidade e uma ponte entre o passado ancestral e o futuro digital.