Foto/divulgação
Brasília comemora 65 anos com um presente especial para a cidade e, principalmente, para a Favela Sol Nascente. A comunidade, considerada a maior do Brasil em número de domicílios, receberá uma exposição inédita de arte urbana que transforma cerca de mil metros quadrados de muros e paredes em uma galeria a céu aberto.
A mostra faz parte do projeto “Circuito arte não é privilégio”, idealizado pelo “Céu: museu de arte a céu aberto”, sob coordenação do produtor cultural Kleber Pagu. A proposta é simples e poderosa: levar arte às periferias e transformar espaços urbanos em museus acessíveis, vivos e conectados com a realidade local.
Arte no território:
Entre os dias 13 e 20 de abril, mais de 100 artistas, muitos deles da própria região, ocuparam as ruas do Sol Nascente com tintas, pincéis e histórias. A exposição será aberta oficialmente no dia 21 de abril, com obras que falam sobre identidade, luta, cotidiano e sonhos da população local.
O local escolhido foi o entorno do Campo Sintético da Chácara 87, que agora se torna palco de cores, narrativas e resistência. “Queremos destacar a potência criativa das periferias e dar visibilidade aos artistas que vivem e produzem aqui”, afirma Kleber Pagu.
Conexões culturais:
O circuito também marca presença em outras ações simbólicas da cidade, como o Acampamento Terra Livre (ATL) e as comemorações do aniversário de Brasília. A proposta é construir pontes entre diferentes territórios e comunidades, unindo arte, educação e ativismo.
Além dos artistas locais, a programação conta com a participação de educadores e muralistas como Ninguém Dormi e Boleta, do coletivo Local Studio (SP), referência em arte urbana no Beco do Batman.
A ação é um desdobramento do “Circuito Funarte de Artes Visuais Marcantonio Vilaça 2023” e prevê ainda exposições em Salvador e Belém. Em Brasília, a articulação é conduzida por Gilmar Satão e Andréia Santos, que participaram de formações em São Paulo no ano passado.
Arte como direito:
Mais do que uma exposição, o Circuito reafirma a arte como direito e ferramenta de transformação social. “É um convite à reflexão sobre pertencimento, memória, desigualdade e futuro”, resume Pagu.
Serviço
Circuito Arte Não é Privilégio: exposição de arte urbana Local: SHSN, Chácara 87 – Campo Sintético, Sol Nascente (DF);
Elaboração das obras: 13 a 20 de abril;
Abertura da exposição: 21 de abril;
Entrada gratuita;
Confira as fotos das obras;
Veja fotos dos articuladores culturais.