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Hoje (24), ativistas do Levante Popular da Juventude realizaram um protesto em frente à residência do general reformado José Antônio Nogueira Belham, no Rio de Janeiro. O militar é acusado de ser responsável pela morte do ex-deputado federal Rubens Paiva, um dos casos mais emblemáticos de repressão durante a ditadura militar.
O protesto aconteceu na zona sul da cidade, onde os manifestantes pintaram no asfalto a frase “Ainda estamos aqui”, em referência ao filme que conta a história da família Paiva. Também foram levantados cartazes com fotos de Rubens Paiva e de outras vítimas do regime militar, como os estudantes Helenira Resende, Honestino Guimarães e Edson Luís. O objetivo do ato foi destacar a luta pela justiça e a revisão da Lei da Anistia, especialmente no que diz respeito a crimes como ocultação de cadáver e desaparecimento forçado.
A Comissão da Verdade, em 2014, apontou Belham como um dos responsáveis pela morte de Paiva, com base em provas documentais e depoimentos de ex-agentes da repressão. Apesar de Belham afirmar que estava de férias no período do assassinato, as evidências contrariam sua versão. A denúncia feita pelo Ministério Público Federal foi inicialmente arquivada, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) irá reavaliar o caso.
O Levante Popular da Juventude também cobra a expulsão dos militares envolvidos em torturas durante a ditadura e a perda de seus benefícios. A organização, em comunicado, reafirma seu compromisso com a justiça e com a construção de uma sociedade democrática, sem esquecer o passado sombrio da repressão militar.
O caso de Rubens Paiva continua a ser um símbolo da luta por justiça, e os ativistas seguem firmes em seu pedido por responsabilização e verdade.