Foto: Maiara Cerqueira
A histórica Igreja de São Francisco de Assis, localizada no Pelourinho, em Salvador, sofreu um trágico acidente terça-feira (5), quando parte do seu teto desabou, resultando na morte da turista paulista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, e deixando outras cinco pessoas feridas. A igreja, conhecida como “Igreja de ouro”, é um dos principais marcos do estilo barroco colonial, datada entre os séculos 17 e 18, e é reconhecida como patrimônio mundial pela Unesco.
Especialistas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizaram, ontem, um mapeamento e avaliação dos danos estruturais do templo, utilizando escaneamento para garantir um diagnóstico preciso. O Iphan, junto ao Ministério da Cultura, anunciou a dispensa de licitação para as obras emergenciais de restauração da igreja, que é tombada e possui uma das mais impressionantes decorações em ouro e pinturas religiosas.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, lamentou profundamente o ocorrido e assegurou que todas as medidas serão tomadas para garantir a restauração completa da igreja. Além disso, o governo informou que o Iphan já estava realizando ações de preservação no local, com destaque para o restauro dos painéis de azulejaria portuguesa, concluído em maio de 2023.
O incidente também gerou uma reflexão sobre a segurança de outros monumentos históricos. A partir da próxima semana, imóveis com riscos semelhantes à Igreja de São Francisco de Assis serão avaliados e, se necessário, interditados. Leandro Grass, presidente do Iphan, informou que a ação envolverá a colaboração das defesas civis estaduais e municipais para identificar edificações em risco.
A Igreja de São Francisco de Assis continua sendo um símbolo de importância cultural e histórica para Salvador e para o Brasil, com a sua restauração sendo uma prioridade para preservar não só a beleza arquitetônica, mas também a memória coletiva do país. O Iphan aguardará o resultado do inquérito sobre o desabamento para adotar as medidas cabíveis.