Foto: Tânia Rego
Uma pesquisa do “Serviço copernicus para mudanças climáticas da União Europeia” revela que janeiro de 2025 foi o mês mais quente já registrado. O planeta registrou uma temperatura de 1,75°C acima do nível pré-industrial, superando todas as medições anteriores.
“Janeiro de 2025 é outro mês surpreendente, continuando as temperaturas recordes observadas nos últimos dois anos, apesar do desenvolvimento das condições de “La niña” no Pacífico tropical e seu efeito de resfriamento temporário nas temperaturas globais”, afirma Samantha Burgess, líder estratégica para o clima do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF).
O relatório divulgado hoje (6/02) mostra que as temperaturas mais elevadas foram observadas no sudeste da Europa, no Canadá, na Sibéria, na América do Sul, na África, na Austrália e até na Antártica. Por outro lado, regiões como o norte da Europa, os Estados Unidos, a Península Arábica e partes da Rússia registraram temperaturas abaixo da média.
Além do calor extremo, o estudo aponta que janeiro também foi um mês de chuvas intensas, causando inundações em várias partes do mundo. No Brasil, o sul do país foi uma das regiões mais afetadas pelas precipitações.
O “Copernicus” é um programa de observação da Terra que utiliza dados de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas para monitorar a atmosfera, oceanos e mudanças climáticas. O programa é coordenado pela Comissão Europeia em parceria com diversas agências meteorológicas e espaciais.
Os dados reforçam a necessidade urgente de medidas para enfrentar as mudanças climáticas e minimizar seus impactos em diversas partes do mundo.