Marinha suspende busca subaquática no desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek: operações continuam em Rio Tocantins

Foto:  Carlos Brandaoma

A tragédia no Rio Tocantins, com o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, provocou uma grande mobilização de equipes de resgate. No entanto, hoje (2), a Marinha do Brasil comunicou a suspensão das buscas subaquáticas devido à necessidade de abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, no Maranhão, para regularizar o volume de água do reservatório. O aumento das chuvas na região exigiu essa intervenção. Apesar disso, a operação de resgate segue com o uso de embarcações e drones aéreos não tripulados.

Até o momento, o desabamento resultou em 12 mortes confirmadas e cinco desaparecidos. O resgate mais recente envolveu a recuperação de um veículo S-10 submerso a 42 metros de profundidade, mas sem vítimas identificadas. As buscas continuam, focando na remoção de veículos e na possível localização de mais vítimas.

Impacto ambiental e monitoramento da qualidade da água

Além dos danos humanos, o desastre trouxe preocupações ambientais. Caminhões com substâncias perigosas, como ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, caíram no rio, o que gerou risco de contaminação da água. A Agência Nacional de Águas (ANA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) estão monitorando a qualidade da água no local, garantindo que não haja alteração significativa que comprometa o abastecimento de água na região.

Investigação e próximos passos: a reconstrução da ponte

O desabamento da ponte está sendo investigado pelas Superintendências Regionais da Polícia Federal no Maranhão e no Tocantins. A investigação busca determinar as causas do acidente, e um reforço pericial com engenheiros civis e especialistas em meio ambiente foi enviado ao local para ajudar nas apurações.

Em relação à reconstrução, o Ministério dos Transportes anunciou que a obra será realizada pelo Consórcio Penedo-Neópolis, com investimentos de R$171 milhões. A nova ponte, prevista para ser concluída até dezembro de 2025, será 7 metros mais larga e contará com melhorias, como ciclovia, acostamento e passeio, além da reestruturação dos acessos entre as cidades de Estreito e Aguiarnópolis.