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O BRICS, composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, e mais recentemente por países como Arábia Saudita, Irã, Egito, Emirados Árabes e Etiópia, representa uma parte significativa do cenário mundial. Juntos, esses países detêm mais de 40% da população global e respondem por 37% do PIB mundial, com previsões de crescimento acima da média global nos próximos anos.
Criado com a intenção de ser uma alternativa à ordem internacional dominada pelas potências ocidentais, o BRICS tem se destacado não só pela sua relevância econômica, mas também pelo papel crescente na política global. A reforma das grandes instituições internacionais, como a ONU e o FMI, é uma das bandeiras do bloco, que busca uma governança mais representativa das potências emergentes e do Sul Global.
Além disso, o BRICS já avançou na criação de uma estrutura financeira própria, com o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), que tem se dedicado a apoiar projetos de infraestrutura em países em desenvolvimento. A proposta de transações comerciais utilizando moedas locais, em vez do dólar, também é uma das estratégias do grupo para aumentar sua autonomia econômica.
Apesar das conquistas, o BRICS ainda enfrenta desafios internos. As diferenças comerciais e ideológicas entre seus membros tornam difícil uma ação conjunta coesa em temas globais, como conflitos internacionais e questões ambientais. No entanto, o crescente poder econômico e a representação política de seus membros fazem do BRICS um ator essencial no debate sobre a reestruturação da ordem mundial.