Fotos: Lúcio Bernardo Jr.
A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) faz um retorno aguardado à Sala Martins Pena, após uma década de apresentações em diferentes espaços da capital federal. Em 2024, o grupo celebra 45 anos de existência, e este retorno marca um capítulo especial de sua história.
Em dezembro de 2013, a orquestra se apresentou pela última vez no Teatro Nacional, antes de o espaço ser interditado devido à falta de adequações nas normas de segurança e acessibilidade. A partir daí, o grupo iniciou uma itinerância, realizando apresentações em diversos teatros da cidade, como o Teatro Pedro Calmon, o Centro de Convenções Ulysses Guimarães e o Teatro Plínio Marcos, entre outros.
Agora, com a reforma da Sala Martins Pena, o retorno ao local de origem da orquestra representa mais do que uma simples volta ao passado: é a oportunidade de retomar o trabalho em um espaço que atende as exigências acústicas e técnicas necessárias para o desenvolvimento pleno da música sinfônica. Para o maestro Cláudio Cohen, regente da OSTNCS, “é como um time de futebol que precisa do melhor campo para fazer suas jogadas”. Ele destaca que, embora os outros espaços tenham recebido a orquestra com carinho, nenhum oferece as condições ideais para o trabalho sonoro que a orquestra necessita.
A restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro, que inclui a renovação do sistema de combate a incêndio, a implementação de acessibilidade e o restauro da Sala Martins Pena, é fruto do empenho do Governo do Distrito Federal (GDF). A primeira fase da obra recebeu investimentos de R$ 70 milhões e, nos próximos anos, mais R$ 320 milhões serão destinados à recuperação de outras áreas do teatro, como a Sala Villa-Lobos e o Espaço Dercy Gonçalves.
Este retorno, além de ser uma realização para os músicos, representa também uma vitória para a população do Distrito Federal, que verá a volta de um dos mais importantes espaços culturais da cidade. A OSTNCS, que tem em seu nome a marca do Teatro Nacional, agora celebra a união de sua história com a do teatro, em um marco que fortalece o cenário cultural local.
Com a reabertura da Sala Martins Pena, a orquestra retorna à sua casa, e o público de Brasília pode aguardar, em breve, a retomada dos concertos em um espaço restaurado e preparado para receber a música sinfônica de alta qualidade.