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O Teatro Goldoni e o Espaço G51 foram marcos na história do teatro em Brasília, promovendo diversas temporadas, festivais e eventos culturais ao longo de mais de 30 anos. Agora, esse legado está sendo resgatado para o público por meio do projeto “Memória compartilhada”, uma iniciativa patrocinada pela Lei Paulo Gustavo, que visa organizar e disponibilizar ao público o acervo histórico desses espaços, amplificando a memória teatral da cidade.
De volta ao passado: acervo do Teatro Goldoni
Com a venda do prédio que abrigava o Teatro Goldoni em 2021, grande parte do rico material produzido ao longo das décadas estava guardado. O projeto “Memória compartilhada” foi criado para preservar e organizar documentos, fotos, cartazes e registros audiovisuais que contam a história do NAC (Núcleo de Arte e Cultura). Fundado por Maria Carmem de Souza, o NAC foi responsável por diversas realizações culturais, promovendo o encontro de artistas e públicos de diferentes gerações.
Entre os materiais recuperados, estão jornais antigos, filipetas, folhetos de espetáculos e vídeos, que agora ganham visibilidade e estão sendo disponibilizados em uma plataforma digital para consulta pública. O material está sendo cuidadosamente organizado e digitalizado, para garantir que o legado do Teatro Goldoni e do Espaço G51 não se perca.
O Papel do NAC na Cena Cultural de Brasília
Nos anos 1990, Maria Carmem de Souza idealizou o projeto de um teatro pequeno, mas tecnicamente eficiente, que atendesse às necessidades dos novos talentos da cena local. Assim nasceu o Teatro Goldoni, um espaço de 100 lugares, que durante 24 anos se tornou palco de centenas de apresentações e encontros culturais, com destaque para a participação de artistas da UnB e da Faculdade Dulcina de Moraes.
A contribuição do NAC para a cena teatral de Brasília foi imensa, proporcionando o surgimento de novos grupos e artistas, além de servir de inspiração para a criação de outros espaços culturais independentes na cidade. Esse acervo resgatado agora será uma fonte vital para a história cultural de Brasília, mostrando a evolução do teatro na cidade, desde os primeiros espetáculos até as produções mais recentes.
A digitalização e divulgação do Acervo: a memória ao alcance de todos
O trabalho de organização e digitalização do acervo está sendo feito com a consultoria de Josuel Junior, um dos principais responsáveis pela pesquisa e catalogação do acervo do Teatro Dulcina. Com a digitalização, o material será acessado por meio do Tainacan, uma plataforma brasileira de fácil acesso, desenvolvida por pesquisadores da UnB e da Universidade Federal de Goiás. A plataforma permitirá que o público em geral acesse o acervo de forma organizada e gratuita, preservando a memória do teatro de Brasília e contribuindo para o fortalecimento das pesquisas nas Artes Cênicas.
“Este projeto representa uma oportunidade única de resgatar a história do teatro local, não apenas para os artistas, mas para toda a comunidade cultural de Brasília”, comenta Josuel Junior. Para ele, a digitalização do acervo vai permitir que as novas gerações tenham acesso a uma rica fonte de pesquisa e inspiração.
Um olhar para o futuro da cultura de Brasília
Com a conclusão do processo de digitalização, o projeto “Memória compartilhada” se tornará um ponto de referência para estudiosos, estudantes e apaixonados pelo teatro. A disponibilização do acervo em uma plataforma pública vai garantir que as futuras gerações possam conhecer e se inspirar nas produções que marcaram a história do teatro em Brasília.
Siga o projeto no Instagram e acompanhe todas as atualizações: @memoriacompartilhadadf
Ficha técnica:
- Coordenador geral: André Mendes
- Curadora: Maria Carmem de Souza
- Consultor do acervo: Josuel Junior
- Gestão de documentos: Douglas Paiva (Arqui TI)
- Produtora: Manoela Neves
- Assistentes de produção: Danny Furtado e Bruno Pierre
- Realização: Lei Paulo Gustavo DF / Ministério da Cultura
- Apoio: Cecibra e Portal Conteúdo