Jovens com Síndrome de Down usam as redes sociais para reivindicar inclusão no Dia Mundial da Síndrome de Down!

Foto: Laura Simões

No Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado hoje, em 21 de março, jovens com a condição mostram ao mundo suas vivências, talentos e a luta por mais inclusão social. Exemplos como os de Laura Simões e Zoë Avancini de Jong mostram como a tecnologia pode ser uma poderosa aliada na construção de uma sociedade mais igualitária.

Em 2020, Laura Simões fez história ao se tornar a primeira pessoa com síndrome de Down habilitada a dirigir no Brasil. Desde então, ela compartilha suas experiências por meio das redes sociais, com o objetivo de quebrar estigmas e reforçar que a vida de uma pessoa com síndrome de Down é plena e natural. Para Laura, o maior obstáculo não é a condição, mas a falta de inclusão da sociedade: “A limitação não está em nós, está na falta de espaço e oportunidade”, afirma a jovem.

Além de trabalhar com produção de conteúdo digital, Laura estuda Publicidade e Propaganda e utiliza sua plataforma para informar e inspirar outras pessoas com T21 (Trissomia do 21). “A mensagem que quero passar é que podemos ser quem somos, ter uma vida normal, com todas as nossas conquistas”, explica.

Zoë Avancini de Jong, outra jovem influente nas redes sociais, também compartilha sua rotina no Instagram e YouTube. Aos 18 anos, ela se orgulha de viver sua vida com naturalidade, sem temer as críticas ou os estigmas que ainda cercam as pessoas com síndrome de Down. “Eu amo ser assim”, diz Zoë, que também defende a ideia de que é importante falar abertamente sobre a síndrome para promover a aceitação.

Ambas as jovens, assim como suas famílias, acreditam que a chave para a autonomia está no apoio contínuo e na mudança de mentalidade sobre as possibilidades de pessoas com deficiência. A mãe de Zoë, Marta Avancini, que é jornalista e integra a coordenação da Fundação Síndrome de Down, enfatiza a importância de olhar para a pessoa e não para a deficiência. “A sociedade ainda precisa entender que as necessidades de uma pessoa com deficiência intelectual não são diferentes das de qualquer outra criança”, afirma Marta.

O Dia Mundial da Síndrome de Down é um momento importante para refletir sobre os desafios enfrentados por essas pessoas, mas também para celebrar suas conquistas e talentos. Laura e Zoë são apenas dois exemplos de como a internet tem se tornado um espaço de protagonismo para essas vozes, que buscam visibilidade e inclusão de maneira autêntica e poderosa.

O caminho para uma sociedade mais inclusiva passa pela mudança de atitudes, pelo respeito às diferenças e pela ampliação do acesso a direitos e oportunidades para todos.